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Gleisi diz ser inacreditável sugestão de Armínio de congelar salário mínimo

Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais do governo Lula - Gustavo Bezerra/PT
Gleisi Hoffmann, ministra das Relações Institucionais do governo Lula Imagem: Gustavo Bezerra/PT
do UOL

Do UOL, em São Paulo

15/04/2025 14h50Atualizada em 15/04/2025 14h50

Gleisi Hoffmann (PT), ministra-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, criticou hoje nas redes sociais a sugestão de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, de congelar o salário mínimo por seis anos.

O que aconteceu

"É inacreditável que alguém defenda congelar o salário mínimo por seis anos", disse Gleisi. A proposta foi feita por Fraga no último sábado, durante participação na Brazil Conference, evento que ocorre em Cambridge, nos Estados Unidos.

Ministra disse ter se espantado com "crueldade da proposta". Segundo ela, a ideia "joga unicamente nas costas dos trabalhadores a conta de desajustes que vêm de muito tempo, da apropriação de boa parte da renda pública por setores econômicos privilegiados".

Petista alfinetou Armínio Fraga. Gleisi afirmou ser "inegável" que "a política de aumento real do salário, criada e retomada pelo presidente Lula, promove justiça social, impulsiona a economia e faz o país crescer (diferentemente do tempo em que Armínio era presidente do BC)".

Outros políticos governistas já haviam criticado a fala do ex-presidente do BC. Parlamentares como Duda Salabert (PDT-MG) e Orlando Silva (PCdoB-SP) usaram as redes para se posicionar contra a proposta, assim como Ricardo Cappelli (presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial).

Fraga defendeu aperto fiscal

Ex-presidente do Banco Central é a favor de congelamento em termos reais. Caso a medida fosse adotada, o salário mínimo não teria nenhum aumento acima da inflação.

Pela regra atual, o aumento real do salário mínimo pode ser de até 2,5%. A concessão do reajuste acima da inflação para o salário mínimo foi uma das principais promessas de Lula na campanha presidencial.

Fraga defendeu 'reforma radical' no Estado. "O gasto com folha de pagamentos e previdência no Brasil chega a 80%, é um ponto completamente fora da curva", disse ele.

Declarações marcam distanciamento entre atual governo e ex-presidente do Banco Central. No segundo turno das eleições de 2022, Fraga desistiu de anular o voto para apoiar Lula (PT) na disputa pela Presidência.

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