Sabesp adota orçamento base zero e espera economias relevantes em 2025
SÃO PAULO (Reuters) - A Sabesp deve apresentar neste ano economias de custos importantes derivadas da adoção do modelo de orçamento base zero pela nova administração que assumiu a empresa há cerca de cinco meses, após a privatização promovida pelo governo do Estado de São Paulo.
"Esperamos economias de custos mensuráveis ao longo de 2025", disse o presidente-executivo da Sabesp, Carlos Piani, em conferência online a analistas após a publicação na noite da véspera de resultados de quarto trimestre em linha com o esperado pelo mercado.
As ações da companhia respondiam pela maior contribuição positiva para o Ibovespa nesta tarde, exibindo alta de mais de 3,3% a R$102.
Piani não deu detalhes sobre as economias de custo esperadas para este ano. No quarto trimestre, a empresa reduziu a linha de custos, despesas administrativas e comerciais em 6,7% sobre um ano antes, para R$3,1 bilhões, com o principal vetor para essa redução sendo a linha de pessoal, cujas despesas despencaram 35%.
Questionado sobre novos programas de demissão voluntária na companhia, Piani afirmou que a Sabesp pode adotar novos programas mais adiante, mas com prazos mais curtos.
Já sobre a possibilidade da Sabesp ampliar sua atuação para além dos 371 municípios atualmente atendidos, Piani afirmou que a empresa ainda está focando na sua transformação de estatal para privada, mas que tem interesse sobre o programa UniversalizaSP.
O programa, lançado pelo governo de São Paulo em 2023, pretende apoiar cidades do Estado que atuam diretamente sobre os serviços de saneamento básico. Segundo o governo, 133 cidades aderiram ao programa.
"Nos interessa... Não podemos perder de olhar oportunidades em nosso próprio Estado", disse Piani, acrescentando que a empresa, por ora, tem mais interesse no programa que em arrematar ativos fora do Estado, como o leilão de serviços de saneamento no Pará previsto para 11 de abril.
"Estamos focando na transformação, olhando todos os processos no mercado, mas não ha decisões ainda", disse Piani.
(Por Alberto Alerigi Jr.)