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Sargento morta em atropelamento no Rio ajudava famílias de PMs feridos

A policial tinha uma presença discreta nas redes e se empenhava no resgate e adoção de animais - Reprodução/Redes Sociais
A policial tinha uma presença discreta nas redes e se empenhava no resgate e adoção de animais Imagem: Reprodução/Redes Sociais
do UOL

Colaboração para o UOL

19/03/2025 05h30

Morta após ser atropelada por um motorista embriagado na Linha Amarela, no Rio de Janeiro, a sargento da Polícia Militar Carla Cristiane Teixeira Bon, 39, era conhecida por seu amor aos animais e pela ajuda que prestava a familiares de policiais feridos ou mortos.

Quem era a sargento

Carla tinha a missão de acolher famílias de policiais feridos ou mortos. Além do trabalho operacional, sua função era informar parentes de PMs sobre ocorrências graves e oferecer suporte nesses momentos difíceis.

Policial há 13 anos, ela atuava na Coordenadoria de Polícia Pacificadora. Desde 2012 na corporação, também integrou uma comissão da Polícia Militar voltada para o atendimento de agentes feridos.

Mãe de dois filhos e apaixonada por animais. Fora do trabalho, Carla era conhecida pelo amor à família e pelo carinho especial com animais.

No Instagram, mantinha um perfil fechado e destacava sua vida pessoal. Em sua bio, se descrevia como policial militar, independente e mãe. Ela também administrava um perfil dedicado a seu cachorro, Aspirante Bon, e se dizia mãe de uma gatinha chamada Mimosa e de um peixe chamado Tutu.

Ela usava as redes sociais para ajudar animais abandonados. Em seus perfis, publicava informações sobre cães e gatos perdidos ou em processo de adoção. Seu último post público no Facebook, em junho de 2024, pedia ajuda para encontrar os tutores de uma fêmea de husky siberiano encontrada no Jardim Bangu, zona oeste do Rio.

Amigos, colegas e familiares também usaram as redes para se despedir de Carla. "Meus sentimentos para a família dessa guerreira, que Deus possa dar o conforto. Externo aqui meu pesar pelo ocorrido e, reitero o meu carinho e consideração a todos os policiais", escreveu um colega. "Ao ligar a TV acordei com essa triste notícia, difícil acreditar. Excelente profissional, pessoa humilde e de poucas palavras. Mas sempre atenciosa e prestativa", escreveu outro colega de profissão.

A Coordenadoria de Polícia Pacificadora lamentou o falecimento da sargento. E informou que a policial estava de serviço no policiamento preventivo de apoio na Linha Amarela, saída 5, quando um veículo desgovernado atingiu a viatura. A PM também fez um post lamentando a morte de Carla. "A Secretaria de Estado de Polícia Militar lamenta a morte da 3º Sargento Carla Cristiane Teixeira Bon", escreveu em um post no Instagram.

O atropelamento

Carla estava em serviço quando foi atropelada. Ela prestava apoio ao Batalhão de Policiamento de Vias Expressas na Linha Amarela quando um carro desgovernado atingiu sua viatura.

A policial estava do lado de fora no momento do impacto e morreu na hora. O motorista estava embriagado e foi preso. Kayky Moyses Esposito Santos, 21, confessou que havia ingerido bebida alcoólica antes de dirigir. Ele perdeu o controle do carro ao tentar desviar de outro veículo. Militar do Exército, ele foi levado ao levado ao Hospital Municipal Salgado Filho e seu estado de saúde é estável, informou a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro ao UOL.

O caso está sob investigação. A ocorrência foi registrada na 44ª DP e está sendo apurada pela 25ª DP.

O corpo da sargento foi sepultado ontem. O enterro aconteceu no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, zona oeste do Rio.

Viatura sobe em cima de mureta após batida e fica destruída - Reprodução / TV Globo  - Reprodução / TV Globo
Viatura sobe em cima de mureta após batida e fica destruída
Imagem: Reprodução / TV Globo

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