Nove civis mortos em ataque na capital do Iêmen, dizem rebeldes houthis
A capital do Iêmen, Sanaa, foi atingida hoje por bombardeios que deixaram nove mortos e outros nove feridos, segundo meios de comunicação dos rebeldes houthis.
O que aconteceu
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou uma "ação militar decisiva e poderosa" contra o grupo. Um vídeo divulgado pelo governo americano hoje mostrou os caças decolando de um porta-aviões para atacar alvos no Iêmen. As informações foram divulgadas pelo Comando Central dos EUA (Centcom) em publicação no X.
"Um ataque americano-britânico teve como alvo um bairro residencial no norte da capital, Sanaa", controlado pelos houthis, informou a emissora Al-Masirah. Até o momento, o governo britânico não confirmou bombardeios no Iêmen.
Nove mortos e nove feridos, dizem houthis. O Ministério da Saúde do governo houthi declarou que "nove civis morreram e outros nove ficaram feridos, a maioria com gravidade, na agressão americana-britânica" contra Sanaa.
Navios de guerra e jatos dos EUA lançaram ataques em todo o Iêmen, segundo o Washington Post. A ação visa radares, locais de defesa aérea e pontos de lançamento de drones. A operação marca o início de uma campanha renovada para degradar as capacidades militares do grupo, informou a publicação.
No dia 11 de março, os houthis anunciaram que retomariam seus ataques contra barcos que considerassem vinculados a Israel no mar Vermelho. Uma demonstração de apoio aos palestinos da Faixa de Gaza.
O grupo rebelde apoiado pelo Irã, que controla grandes áreas do Iêmen, alegou que havia tomado a decisão porque Israel não havia permitido a retomada do fornecimento de ajuda à Faixa de Gaza, devastada por uma guerra entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas. O fornecimento de ajuda foi bloqueado por Israel em 2 de março.
Os houthis no Iêmen são definidos como rebeldes no Ocidente em virtude do apoio recebido pelo Irã. Ao longo dos últimos 10 anos, eles formaram a principal força militar e institucional do conflagrado país árabe. Além disso, o grupo controla desde 2014 a capital Sanaa com todos os Ministérios e o Banco Central, bem como partes das regiões do centro e norte.
Com informações da AFP e Ansa-Brasil