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Taxista morto após queda de árvore em SP trabalhava há 8 meses em ponto

Elton tinha 43 anos e faleceu no local - Reprodução/TV Globo
Elton tinha 43 anos e faleceu no local Imagem: Reprodução/TV Globo
do UOL

Do UOL, em São Paulo

13/03/2025 14h01

O taxista Elton Ferreira de Oliveira, 43, morto ao ser atingido por uma árvore durante as fortes chuvas que atingiram a capital paulista na tarde de ontem, trabalhava no ponto de táxi há cerca de oito meses.

O que aconteceu

Elton havia trocado de profissão há menos de um ano, segundo familiares. "Ele era um cara que conseguia, em qualquer função... muito facilmente se desenrolava. E partiu para essa de [ser] taxista. Tava muito bem, tava muito feliz", disse à TV Globo Cláudio Ferreira Leal, tio de Elton.

O taxista era natural do Piauí e morava em São Paulo há mais de 30 anos. Ele vivia no bairro de Itaquera, na zona leste da capital, com a família. Elton não tinha filhos. "Todos fomos pegos de surpresa", acrescentou Cláudio que conversou com a imprensa no local do acidente.

O velório do taxista está sendo realizado hoje, no cemitério da Vila Alpina. Taxistas que trabalhavam com ele no ponto de táxi da avenida Senador Queirós, onde ocorreu o acidente, contaram que apesar de pouco tempo no local, Elton já havia conquistado todos. Segundo os colegas de profissão, ele era dedicado, extrovertido e muito brincalhão.

Árvore caiu sobre o táxi durante temporal

Tempestade derruba árvore de grande porte, que cai em cima de veículo, na avenida Senador Queirós, região central de São Paulo - Willian Moreira/Ato Press/Folhapress - Willian Moreira/Ato Press/Folhapress
Tempestade derruba árvore de grande porte, que cai em cima de veículo, na avenida Senador Queirós, região central de São Paulo
Imagem: Willian Moreira/Ato Press/Folhapress

Árvore caiu sobre o carro de Elton, que morreu na hora, por volta das 17h35. Ele havia acabado de pegar dois passageiros, mãe e filho, no bairro da Sé. Os dois não se feriram gravemente.

Vídeo mostra o momento do impacto no carro. Chovia forte e ventava muito no momento da queda da árvore. Uma testemunha gravou o momento exato da queda da árvore. A Defesa Civil de São Paulo afirmou que os ventos durante o temporal que atingiu as regiões central e oeste da capital paulista na tarde de ontem podem ter chegado a até 101 km/h.

A Sé, onde o taxista morreu, registrou o maior acumulado de chuva, com 23,2 mm, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências). Em seguida, aparecem os bairros da zona oeste, Pinheiros e Vila Madalena (22,4 mm) e Butantã (18,6 mm).

Moradores de Pinheiros, Butantã e outros bairros da zona oeste foram os mais afetados. Imagens mostram que árvores de grande porte caíram sobre carros e fiação de postes. Parte do teto de um restaurante desabou na rua Artur de Azevedo, onde a queda de uma árvore também atingiu dois carros. Pelo menos três pessoas ficaram feridas.

Centro também sofreu com chuva forte. Foram registrados vários pontos de alagamento e queda de árvores nas ruas Ana Cintra, Dona Veridiana, Alameda Barros e arredores. No Largo do Arouche, um chichá da Mata Atlântica de cerca de 30 metros se quebrou no meio e caiu em cima de um carro estacionado. Ela estava no local há cerca de 200 anos.

A Enel informou que trabalha para restabelecer a energia dos clientes afetados. "Neste momento, equipes trabalham para normalizar o fornecimento para cerca de 57,8 mil clientes, o que equivale a 0,7% dos 8 milhões de unidades atendidas pela empresa nos 24 municípios da Região Metropolitana de São Paulo, incluindo a capital. Desse total, 25 mil ingressaram chamados na data de ontem, após as fortes chuvas".

Defesa Civil recebeu 343 chamados por queda de árvore na capital nas últimas 24 horas, sendo 321 deles no centro e zona oeste. A Prefeitura de SP informou que equipes de poda de árvore, limpeza e zeladoria estão nas ruas para fazer limpeza, desobstrução de vidas e retirada de galhos e árvores, além de 400 agentes de trânsito da CET para ajudar no trânsito.

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