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EUA afirma que Venezuela retomará os voos de repatriamento de migrantes

13/03/2025 13h39

Os Estados Unidos anunciaram, nesta quinta-feira (13), que a Venezuela aceitou retomar os voos de repatriamento de migrantes venezuelanos, suspensos depois que Washington revogou a licença da petrolífera Chevron para operar no país caribenho. 

"Tenho o prazer de anunciar que a Venezuela concordou em retomar os voos para recolher os seus cidadãos que violaram as leis de migração dos EUA e entraram ilegalmente no país", publicou Richard Grenell, enviado especial do presidente Donald Trump, na rede social X.

"Os voos serão retomados nesta sexta-feira (14)", acrescentou, sem entrar em detalhes.

Em um comunicado publicado no Instagram, a Venezuela confirmou a informação sem especificar quando os voos serão retomados.

"A Venezuela informa que, no âmbito do Plano de Volta à Pátria, chegou a um cordo com o enviado especial Richard Grenell para repatriar irmãos venezuelanos", indica a nota assinada por Jorge Rodríguez Gómez, presidente do Parlamento.

Grenell viajou à Venezuela no final de janeiro para falar com o governo do presidente Nicolás Maduro sobre a expulsão de migrantes venezuelanos, os presos americanos e os canais de comunicação entre os dois países, que romperam relações em 2019.

Voltou para os Estados Unidos com seis prisioneiros americanos e com a promessa, segundo ele, de que Caracas aceitaria seus cidadãos.

Desde então, foram repatriados 366 venezuelanos. A companhia aérea estatal Conviasa, sujeita a sanções, transportou em dois aviões um primeiro grupo de 190 em El Paso, Texas (sul), e outro de 176 em Honduras, a partir da base militar de Guantánamo, em Cuba.

Mas Trump não está contente. Estima que Maduro, a quem acusa de fraude eleitoral e não considera como presidente legítimo, não cumpriu o ritmo de voo "acordado" e no final de fevereiro anunciou o fim da licença que permitia à petrolífera americana Chevron operar na Venezuela.

Trump considera prioritário expulsar migrantes em situação irregular do país, a quem acusa de serem criminosos por terem entrado sem visto ou autorização.

Em comunicado, Caracas afirmou que os venezuelanos emigraram devido às "sanções criminosas" impostas ao país.

A Venezuela entrou em uma grave crise econômica em 2013. Desde então, passou por oito anos de recessão e quatro de hiperinflação, levando mais de sete milhões de pessoas a emigrar para diversos países.

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© Agence France-Presse

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