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Casa Branca nomeia novo chefe da Seguridade Social após renúncia

18/02/2025 17h59

O governo de Donald Trump nomeou temporariamente um "especialista antifraude" para liderar a Seguridade Social dos Estados Unidos, confirmou a Casa Branca nesta terça-feira (18), após a renúncia da comissária interina anterior por um aparente desacordo com o departamento de redução de custos conhecido como Doge e liderado por Elon Musk, o homem mais rico do mundo e que também aconselha o presidente americano. 

A suposta renúncia da comissária interina Michelle King foi a mais recente de um alto cargo devido a discordâncias com o Doge. 

Os detalhes não estão claros, mas, segundo o jornal Washington Post, o primeiro a informar sobre o ocorrido, a renúncia aconteceu depois que membros do Doge tentaram acessar dados confidenciais da administração de Seguridade Social.

De acordo com a imprensa dos Estados Unidos, King foi nomeada comissária interina em janeiro, enquanto o indicado de Trump para dirigir a agência, Frank Bisignano, estava passando pelo processo para assumir o cargo.

A administração Trump espera que Bisignano seja confirmado "nas próximas semanas", declarou à AFP um porta-voz da Casa Branca, Harrison Fields.

"Enquanto isso, a agência será dirigida por um especialista de carreira em questões de combate a fraudes na Seguridade Social", acrescentou.

Este especialista é Leland Dudek, que anteriormente liderava o escritório antifraude da Seguridade Social, segundo um e-mail enviado aos funcionários na noite de segunda-feira e ao qual a AFP teve acesso.

"Dirigirei esta agência de maneira aberta e transparente", diz a mensagem.

De acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, o governo suspeita que "há dezenas de milhões de pessoas falecidas que continuam recebendo pagamentos fraudulentos da Seguridade Social".

Musk também mencionou uma possível fraude, mas não apresentou provas.

Especialistas alertaram que os dados da Seguridade Social são muito sensíveis.

O Doge de Musk tem sido alvo de críticas generalizadas desde que Trump retornou ao poder em janeiro, devido aos cortes drásticos de funcionários e programas que, segundo ele, são fraudulentos por não estarem alinhados com a agenda do presidente.

Os republicanos há muito tentam privatizar a Seguridade Social e outros programas de benefícios sociais dos Estados Unidos, como o Medicare. Eles alegam que esses programas são caros e exigem supervisão governamental.

Esses benefícios, no entanto, são muito populares entre os eleitores, o que torna qualquer tentativa de reforma um possível suicídio político.

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© Agence France-Presse

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