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Taiwan considera compra multibilionária de armas dos EUA, dizem fontes

17/02/2025 19h41

WASHINGTON/TAIPEI (Reuters) - Taiwan está explorando a possibilidade de comprar armas avaliadas em bilhões de dólares dos Estados Unidos, segundo fontes com conhecimento do assunto, esperando ganhar o apoio do novo governo Trump enquanto a China continua aplicando pressão militar. 

Três fontes com conhecimento da situação, falando com a Reuters sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto, disseram que Taiwan está em negociações com Washington. 

O pacote tem o objetivo de demonstrar aos Estados Unidos que Taiwan está comprometido com sua defesa, disse uma das fontes. 

Uma segunda fonte afirmou que o pacote incluiria mísseis de cruzeiro de defesa costeira e foguetes HIMARS. 

“Eu ficaria muito surpreso se fosse por menos de 8 bilhões de dólares. Algo entre 7 bilhões e 10 bilhões de dólares,” acrescentou a fonte. 

A Casa Branca não respondeu ao pedido por comentários em um primeiro momento. No entanto, o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Mike Waltz, disse que quer acelerar a entrega de armas para Taiwan.

O ministério da Defesa de Taiwan se recusou a comentar sobre compras específicas, mas disse que está focado em construir suas defesas.

“Qualquer arma ou equipamento que possa atingir esses objetivos de construir o exército estão listados como alvos de licitação”, disse. 

A China reivindica Taiwan, uma ilha governada democraticamente, como seu próprio território e nunca renunciou ao uso de força para trazê-la para seu controle. Taiwan se opõe veementemente às alegações de soberania da China e diz que apenas a população da ilha pode decidir seu futuro. 

RELAÇÕES ENTRE TRUMP E TAIWAN

O presidente dos EUA, Donald Trump, deixou Taiwan, uma potência do setor de chips, nervoso durante a campanha eleitoral ao dizer que a ilha roubou negócios norte-americanos de semicondutores. Neste mês, ameaçou aplicar tarifas sobre importações de chips. 

Mas seu governo manteve apoio diplomático à ilha reivindicada pela China. 

Trump e o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, emitiram um comunicado conjunto em 7 de fevereiro se opondo à tentativa de mudar a atual situação do Estreito de Taiwan por meio de força ou coerção. O Departamento de Estado dos EUA também retirou linguagem dizendo que não apoia a independência de Taiwan de seu site, o que foi elogiado pelo governo da ilha. A China cobrou que os EUA “corrigissem seus erros”. 

Durante o mandato de 2017 a 2021, Trump estabeleceu vendas de armas regulares para Taiwan, incluindo acordos multibilionários para caças F-16. O governo Biden manteve essas vendas, embora muitas vezes com valores menores.

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