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Josias: Maluf foi o corrupto oficial do Brasil, mas depois vieram outros

do UOL

Do UOL, em São Paulo

17/02/2025 13h11

O ex-prefeito Paulo Maluf foi uma espécie de corrupto oficial do Brasil nos anos 1990 e 2000, mas depois dele vieram muitos outros, o que ficou foi a impunidade da Justiça brasileira, avaliou o colunista Josias de Souza no UOL News, do Canal UOL, nesta segunda-feira (17).

E o Maluf é de um tempo em que ele era o protótipo do corrupto, né? E dá saudade desse tempo em que o Maluf era uma espécie de corrupto oficial do Brasil, era o suspeito de sempre, que inocentava toda a classe pelo contraste. Josias de Souza, colunista do UOL

A Justiça paulista penhorou 18 imóveis de Maluf, de 93 anos, entre os quais uma mansão de mais de mil metros quadrados na praia da Enseada, no Guarujá (SP), cujo valor venal de referência é de R$ 2,7 milhões (estimativa utilizada em 2024 para o cálculo do IPTU), conforme apurou o colunista do UOL Rogério Gentile.

As penhoras foram determinadas em três decisões, tomadas a partir de dezembro, em um processo no qual Maluf foi condenado a devolver aos cofres públicos cerca de R$ 417 milhões, valores que consideram juros e correção monetária.

Ao Canal UOL, Josias disse que Maluf, mesmo fora da atuação política, consegue retornar ao noticiário.

O Maluf era o corrupto-mor. De vez em quando, ele ressurge no noticiário, mostra um pouco o que é o nosso judiciário. Ele passou até uma temporadazinha curta em 'cana', mas logo foi enviado para uma prisão domiciliar. E está aí o Maluf, ainda ressurgindo no noticiário, de ponta-cabeça nas manchetes, agora com uma intimação para que ele lide um débito e a imobilização do patrimônio para ver se conseguem reaver um passo do que ele desviou.

De fato, [Maluf foi] o protótipo da corrupção no Brasil. Veio muita coisa depois, mas algo não mudou. Nesse, algo permanente, inalterado, que é a impunidade. Josias de Souza, colunista do UOL

Maierovitch: 'Pena menor que 20 anos para Bolsonaro deixaria muitos decepcionados'

No UOL News, o professor e colunista Wálter Maierovitch afirmou que a denúncia do procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deve ser forte, robusta e amparada em uma boa investigação, e uma eventual pena com menos de 20 anos deixaria muita gente decepcionada.

O procurador Paulo Gonet vai apresentar uma denúncia forte e consistente e amparada em uma boa investigação, porque toda apuração no sistema brasileiro é encaminhada ao Ministério Público. Ora, se ele tem um bom suporte, ele terá uma boa denúncia. E, no caso, a Polícia Federal agiu bem, demoradamente, porque apuração é difícil. Existem indicativos muito fortes com lastro de suficiência. Wálter Maierovitch, colunista do UOL

O PGR deve acusar Bolsonaro de ser o principal beneficiário de uma rede que tentou impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumisse a presidência após ter vencido as eleições, em janeiro de 2023. Na ocasião, apoiadores invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes.

Em seu relatório final, no qual indiciou Bolsonaro por seu envolvimento na trama golpista, a PF aponta que os discursos favoráveis a um golpe de Estado começaram a ser inflamados em 2019 e cita o recente atentado a bomba no STF (Supremo Tribunal Federal) para concluir que a retórica golpista continua "latente" na sociedade brasileira.

Assista ao trecho no vídeo abaixo:

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