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Irã diz que Israel e EUA "não podem fazer nada" contra Teerã

17/02/2025 11h22

DUBAI (Reuters) - O Irã disse na segunda-feira que as ameaças dos Estados Unidos e de Israel contra ele são uma violação flagrante do direito internacional e que eles não poderiam "fazer nada" para prejudicar Teerã.

Os comentários foram feitos depois que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, se reuniu com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, em Jerusalém, no domingo, e disse que seus países estavam determinados a impedir as ambições nucleares do Irã e sua influência no Oriente Médio.

Netanyahu afirmou que Israel deu um "golpe poderoso" no Irã desde o início da guerra em Gaza e que, com o apoio do presidente dos EUA, Donald Trump, "não tenho dúvidas de que podemos e vamos terminar o trabalho".

Em uma entrevista coletiva semanal na segunda-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baghaei, respondeu: "Quando se trata de um país como o Irã, eles não podem fazer nada".

"Não se pode ameaçar o Irã por um lado e, por outro, afirmar que apoia o diálogo", disse Baghaei, segundo a mídia estatal.

Trump expressou abertura para um acordo com Teerã e, ao mesmo tempo, restabeleceu a campanha de "pressão máxima" sobre o Irã que foi aplicada durante seu primeiro mandato para impedir que Teerã obtivesse uma arma nuclear.

Embora não tenha renovado a proibição de negociações diretas com Washington decretada em 2018, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, criticou o governo anterior de Trump por não honrar suas promessas.

Em 2018, Trump retirou os EUA do pacto nuclear de Teerã de 2015 com as potências mundiais e impôs novamente sanções que prejudicaram a economia do Irã.

Um ano depois, o Irã reagiu violando as restrições nucleares do pacto, acelerando o enriquecimento de urânio para até 60% de pureza, perto dos cerca de 90% de grau de armamento. O Irã afirma que seu programa nuclear é exclusivamente para fins pacíficos.

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