Ex-prefeito de Taboão nega participação em atentado e se diz vítima

O ex-prefeito de Taboão da Serra José Aprígio da Silva (Podemos) negou que esteja envolvido no atentado em que levou um tiro durante a campanha à reeleição. A polícia realizou uma operação contra ele e suspeitos de envolvimento no ataque, ocorrido em outubro de 2024.
O que aconteceu
Aprígio alega que foi surpreendido com o desdobramento das investigações contra ele. O ex-prefeito voltou a dizer que sofreu tentativa de homicídio nas eleições municipais de 2024. "O ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva, vem, por seu advogado, informar que foi surpreendido na manhã de hoje com o desdobramento das investigações envolvendo a tentativa de homicídio que sofrera durante as eleições municipais de 2024", disse a nota da defesa.
Ex-prefeito foi baleado no ombro enquanto voltava de agenda oficial em bairros atingidos pela chuva. Na ocasião, o carro oficial em que ele estava foi alvejado. O então prefeito foi encaminhado para uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) na cidade para receber os primeiros socorros e, em seguida, foi transferido ao Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista.
José Aprígio é vítima, sofreu um tiro com armamento pesado em outubro de 2024 que, por sorte, não ceifou a sua vida.
Trecho da nota da defesa do ex-prefeito
Aprígio foi alvo da operação desta segunda, segundo o MP-SP. Os investigadores apuram se prefeito sabia da possível armação. A operação cumpriu mandados em endereços ligados a Aprígio. O atentado ocorreu em 18 de outubro, pouco mais de uma semana antes do segundo turno das eleições municipais. Aprígio disputava a reeleição contra o candidato Engenheiro Daniel (União Brasil), que liderava as pesquisas com ampla vantagem. Na época, a linha de investigação adotada pela polícia foi de crime eleitoral.
Indícios da participação do ex-prefeito. O delegado Helio Bressan afirmou nesta segunda-feira (17) que há indícios, mas ainda não provas conclusivas, da participação do ex-prefeito de Taboão da Serra José Aprígio (Podemos) no atentado forjado contra ele, em outubro de 2024. "Não há ainda como eu afirmar categoricamente que ele estava participando disso. A gente tem os indícios, algumas coisas que são... [sic] Não vou dizer estranho, mas, assim, fogem da normalidade. Mas ainda não tenho uma prova cabal para dizer assim: 'Olha, ele participava disso'. Não posso falar", disse o delegado, em coletiva a jornalistas.
Dois mandados de prisão temporária foram expedidos e uma pessoa foi presa em flagrante por participação no atentado forjado. O outro suspeito é considerado foragido. O UOL apurou que dez mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A operação de hoje, realizada em conjunto por MP-SP e Polícia Civil, foi batizada de Fato Oculto.
Leia a íntegra da nota da defesa:
O ex-prefeito de Taboão da Serra, José Aprígio da Silva, vem, por seu advogado, informar que foi surpreendido na manhã de hoje com o desdobramento das investigações envolvendo a tentativa de homicídio que sofrera durante as eleições municipais de 2024.
José Aprígio é vítima, sofreu um tiro com armamento pesado em outubro de 2024 que, por sorte, não ceifou a sua vida.
Esclarece que, em relação ao dinheiro apreendido, trata-se de quantia devidamente declarada em seu imposto de renda, e, portanto, de origem lícita.
Reitera a sua confiança no trabalho da Polícia Civil e no Ministério Público, e tem certeza de que todos os responsáveis serão devidamente punidos, após o devido processo legal.