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Europa busca reforçar sua influência diplomática com reunião sobre Ucrânia em Paris

17/02/2025 10h48

Líderes de países europeus se reúnem nesta segunda-feira (17) em Paris, com a presença do secretário-geral da Otan, Mark Rutte, para uma cúpula sobre segurança europeia. O encontro acontece no momento em que os Estados Unidos iniciaram negociações sobre a guerra na Ucrânia e a Europa busca reforçar a sua influência diplomática, analisam os jornais franceses.

O Le Figaro cita negociações bilaterais anunciadas para esta semana entre diplomatas russos e americanos na Arábia Saudita, enquanto a França afirma que "somente os ucranianos podem decidir sobre o fim dos combates". 

Além disso, os líderes europeus teriam ficado decepcionados com acusações feitas pelo vice-presidente americano, JD Vance, de que a União Europeia "ameaça a liberdade de expressão". As contribuições dos europeus para a Otan e a criação de Forças Armadas da Europa seriam outros assuntos em pauta.

O Libération descreve o encontro em Paris como "uma tentativa de evitar a assinatura de um acordo de paz entre os Estados Unidos e a Rússia sem os ucranianos e os europeus". De acordo com o diário, "a crise força os 27 países-membros a acelerar o seu rearmamento militar". 

A reportagem ainda destaca o papel da China, ao "exigir a participação dos europeus nas negociações sobre a Ucrânia a fim de lembrar aos americanos que não é Washington quem decide sobre a ordem mundial". A preocupação de Pequim também diz respeito à guerra comercial com os Estados Unidos, acrescenta o Libé. 

O jornal Le Monde analisa a posição dos ucranianos, que se sentem "desamparados" por verem Trump aceitar negociar com o chefe do Kremlin. Ao mesmo tempo, Kiev teme ser deixada de lado por seus aliados e ser obrigada a aceitar condições desfavoráveis, como perda de território.     

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