Em Israel, chefe da diplomacia de Trump diz que Hamas deve ser eliminado
Em sua primeira viagem a Israel como secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio disse que o grupo extremista "Hamas deve ser eliminado".
O que aconteceu
Hamas não pode seguir como força militar ou governamental, disse Rubio. As declarações foram dadas hoje (16), em uma coletiva de imprensa em Jerusalém, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Rubio é chefe do Departamento de Estados Unidos, equivalente ao ministro das Relações Exteriores do país.
Netanyahu afirmou que ele e o presidente dos EUA "têm uma estratégia em comum para o futuro de Gaza". "Conversamos sobre a visão ousada de [Donald] Trump para o futuro de Gaza e trabalharemos para garantir que essa visão se torne realidade", declarou o primeiro-ministro.
No início do mês, Trump sugeriu que os Estados Unidos assumissem o controle de Gaza. O presidente dos EUA também propôs retirar os palestinos da região e enviar para o Egito e a Jordânia.
Rubio disse que a proposta de Trump "pode ter chocado muitos". Segundo o chefe da diplomacia, "o que não pode é continuar o mesmo ciclo que repetimos várias vezes e acabamos exatamente no mesmo lugar".
Desembarque de Rubio em Israel ocorre com a chegada de armamentos enviados pelos EUA. Em janeiro, Trump anulou a suspensão determinada pelo seu antecessor, Joe Biden, e liberou a entrega das bombas. O governo Biden havia vetado o comércio bélico com Israel devido à preocupação com o impacto na guerra do país contra o Hamas e os palestinos.
No início deste mês, Trump aprovou a venda de equipamentos militares ao governo israelense. Ao todo, são US$ 7,4 bilhões em bombas, mísseis etc.
O presidente [Trump] também tem sido muito ousado sobre sua visão de como deve ser o futuro de Gaza, não as mesmas ideias cansadas do passado, mas algo ousado e algo que, francamente, exigiu coragem e visão.
Marco Rubio, secretário de Estado dos EUA
Crítica de Gaza
Salama Maroof, chefe de gabinete de Mídia de Gaza, disse que os EUA deveriam enviar comida e água para Faixa de Gaza. "Os Estados Unidos da América, a primeira democracia do mundo e pioneira dos direitos humanos, como se descreve, apoia o exército de ocupação criminosa com 1.800 bombas MK pesadas", declarou.
Ataque ao Hamas
Ataque israelense mata três do Hamas. Um ataque aéreo israelense a leste de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, matou três policiais do Hamas, segundo a organização extremista. O governo de Israel afirma que o ataque ocorreu após identificar que homens armados se aproximavam das tropas israelenses.
Hamas disse que o ataque é uma violação do cessar-fogo e cobrou a comunidade internacional. Os policiais atuavam para garantir a entrada de caminhões de ajuda em Gaza, segundo o grupo extremista. O Hamas afirmou que os países devem pressionar Israel a cumprir o acordo, que passou a valer em 19 de janeiro.
Já o exército israelense informou que atingiu "vários indivíduos armados". Os ataques ocorreram um dia após a sexta troca de reféns israelenses e presos palestinos.