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Cidadão afegão confessa colisão proposital de carro em Munique que feriu 36 pessoas, diz promotora

14/02/2025 10h38

MUNIQUE (Reuters) - Um cidadão afegão admitiu ter dirigido propositalmente contra uma multidão na cidade alemã de Munique e as autoridades determinaram um motivo islâmico para o crime, disse uma promotora na sexta-feira.

Pelo menos 36 pessoas, incluindo uma criança, ficaram feridas na quinta-feira, quando o homem de 24 anos bateu em manifestantes reunidos no centro da cidade, colocando a segurança novamente em foco antes das eleições federais da próxima semana.

"Ele admitiu que dirigiu deliberadamente contra os participantes da manifestação", disse a promotora Gabriele Tilmann em uma coletiva de imprensa.

"Sou muito cautelosa ao fazer julgamentos precipitados, mas com base em tudo o que sabemos até o momento, eu me arriscaria a falar de uma motivação islâmica para o crime", acrescentou.

O suposto ataque ocorreu horas antes de líderes internacionais, incluindo o vice-presidente dos EUA, JD Vance, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, chegarem à cidade do sul da Alemanha para a Conferência de Segurança de Munique.

Tilmann disse que não havia nenhuma evidência que sugerisse que o suspeito, identificado como Farhad Noori, fosse afiliado a qualquer organização islâmica ou terrorista.

Ela acrescentou que não havia indicação de cúmplices, mas que os investigadores estavam avaliando suas comunicações e itens obtidos durante as buscas para verificar se alguém tinha conhecimento prévio do crime ou estava envolvido.

As autoridades alemãs afirmam que o cidadão afegão chegou à Alemanha como menor desacompanhado em 2016, e que ele estava na Alemanha legalmente com uma permissão de trabalho e, portanto, não deveria ser deportado. Ele não tem condenação anterior.

As questões de imigração e segurança têm dominado a campanha antes da eleição de 23 de fevereiro, especialmente após outros incidentes violentos nas últimas semanas, com as pesquisas mostrando os conservadores de centro-direita liderando, seguidos pela extrema-direita.

(Reportagem de Joern Poltz em Munique e Friederike Heine em Berlim)

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