Dengue em alta: diferença no preço do repelente chega a 102% em SP

Com o constante aumento nos casos de dengue, o preço do repelente pode ser afetado pela alta da procura. Mas, diferente do que aconteceu no mesmo período do ano passado (com um aumento de quase 16%), uma pesquisa do Procon-SP mostra uma ligeira queda de 1,62% no valor do produto na cidade de São Paulo.
O que aconteceu
Preços estão praticamente estáveis na capital paulista, mesmo após aumento nos casos de dengue. O levantamento do Procon-SP mostra que, em 22 de janeiro, o preço de um repelente escolhido para amostra era de R$ 34,85; em 5 de fevereiro, passou para R$ 34,29. Dos 33 itens que tiveram os preços comparados, 14 tiveram queda, 12 variaram positivamente e sete mantiveram os preços.
Variação dos produtos entre estabelecimentos chega a 102,55%. É o caso do Repelente Fullrepel Icaridina 100 ml em spray, da Universal Chemical. Em um site, o consumidor podia comprá-lo por R$ 29, enquanto em outro, teria que arcar com R$ 58,74.
Pesquisa levou em consideração sites de seis grandes farmácias e drogarias da região central de São Paulo. Segundo o Procon-SP, ela tem como objetivo ajudar o consumidor na compra do produto, que é uma das formas de prevenção da dengue e outras doenças como chikungunya e zika.
Dengue acumula 9.050 casos prováveis na Grande São Paulo e 5.434 já foram confirmados. Já no estado de São Paulo, são 159.925 casos prováveis e 85.576 em confirmação, além de 71 óbitos.
Recomendações ao consumidor
O Procon afirma que o consumidor precisa tomar alguns cuidados antes de comprar um repelente. São eles: pesquisar valores praticados por diferentes locais, levando em consideração a relação qualidade, quantidade e preço do item; em caso de compras pela internet, verificar também o valor cobrado pelo frete e prazo de entrega; ler atentamente o rótulo do produto e verificar se possui registro da Anvisa; atentar-se à indicação do uso do produto —alguns repelentes têm restrições de idade.