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Ministro rebate ranking de corrupção da Transparência: 'Conversa de boteco'

Vinícius Marques de Carvalho, ministro da CGU - Mário Agra/Agência Câmara
Vinícius Marques de Carvalho, ministro da CGU Imagem: Mário Agra/Agência Câmara
do UOL

Do UOL, em São Paulo

11/02/2025 09h30

O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Vinicius Marques de Carvalho, contestou o índice divulgado pela ONG Transparência Internacional nesta terça-feira (11), que mostra o Brasil com a pior nota na percepção de corrupção desde 2012.

O que aconteceu

Ministro contestou metodologia usada pela ONG. Para ele, não faz sentido a Transparência Internacional dizer que a percepção da população sobre corrupção aumenta porque o presidente Lula não fala sobre isso em seus discursos. "De onde tiraram? O que tem de sério? É uma correlação, não tem causalidade, não tem nada, é conversa de boteco", falou Carvalho em entrevista à Globo News.

Ele disse ainda que a pesquisa se baseia em opiniões de executivos e empresários, e não ouviu a população ou servidores públicos. "Fazer a comparação com os outros países é uma coisa um pouco estranha, porque não são os mesmos [métodos para medir] os índices nos outros países. Essa comparação nem deveria ser feita", falou.

Chefe da CGU disse ainda que a pior nota do Brasil foi entre 2009 e 2015, auge da Operação Lava Jato. "A Transparência dizia que a percepção podia ser distorcida, porque a corrupção era um tema mais discutido. Por que agora é diferente, é por causa do presidente Lula? Isso não tem nexo."

A Transparência Internacional publica o Relatório de Percepção de Corrupção há 30 anos. Em cada país, a ONG seleciona ao menos três métodos, de 13 possíveis, para medir como a população enxerga a corrupção no setor público.

A nota do Brasil em 2024 foi 34, a pior desde 2012. O país ficou em 107º no ranking, atrás de nações como Cuba e Ucrânia.

O relatório da ONG destacou o "silêncio reiterado do presidente Lula sobre a pauta anticorrupção". Além disso, destacou "conflitos de interesses no Judiciário" e "descontrole das emendas orçamentárias" no Legislativo. O documento pode ser acessado na íntegra no site da instituição.

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