Deputada norte-americana Nancy Mace acusa ex-noivo e colegas dele de estupro e agressão
(Reuters) - A deputada dos Estados Unidos Nancy Mace, em um discurso no plenário da Câmara, acusou seu ex-noivo e três outros homens de drogar e estuprar ela e outras mulheres, além de filmar e fotografar mulheres e meninas menores de idade sem o consentimento delas.
A republicana da Carolina do Sul usou o plenário na noite de segunda-feira para fazer acusações contra os homens, chamando-os de "predadores" enquanto descrevia em detalhes o que, segundo ela, eles fizeram contra ela e outras vítimas.
"Vocês reservaram para si uma passagem só de ida para o inferno", disse ela, dirigindo-se diretamente aos homens em um ponto de seu discurso de quase uma hora. "É uma viagem sem escalas. Não há conexões. Assim, eu e todas as suas vítimas poderemos vê-los apodrecer por uma eternidade."
Ela afirmou que seu ex-noivo Patrick Bryant e dois colegas de trabalho a drogaram em 2022 e que ela foi estuprada durante esse incidente. Ela também disse que Bryant, um empresário de software, a agrediu em novembro de 2023 antes de ela o deixar.
Bryant não estava imediatamente disponível para comentar.
"Eu nego categoricamente essas alegações. Levo esse assunto a sério e vou cooperar totalmente com todos os processos legais necessários para limpar meu nome", declarou Bryant ao jornal South Carolina Daily Gazette.
Durante seu discurso, Mace disse que encontrou mais de 10.000 vídeos e fotografias no celular de Bryant, incluindo imagens lascivas de mulheres que não sabiam que estavam sendo filmadas. Um dos vídeos era dela nua, filmado por uma câmera escondida, segundo Mace.
Mace disse que entregou todas as provas que tinha contra os homens às autoridades policiais da Carolina do Sul, mas que o procurador geral Alan Wilson não agiu.
Mace não respondeu imediatamente a um pedido de comentário sobre suas acusações.
A Divisão de Aplicação da Lei Estadual na Carolina do Sul disse ao Daily Gazette que uma investigação está em andamento.
O gabinete de Wilson afirmou em um comunicado que as acusações contra o procurador-geral são "categoricamente falsas".
(Reportagem de Brendan O'Brien em Chicago)