Acusado de mandar matar Marielle deixa hospital em MS após cateterismo

O deputado federal João Francisco Inácio Brazão, o Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), deixou um hospital no centro de Campo Grande (MS) após ser submetido a um procedimento de cateterismo. Ele passou três horas no local e foi conduzido por policiais penais em uma cadeira de rodas.
Preso desde março de 2024, ele é acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), ocorrido em 2018, no Rio de Janeiro. O irmão de Chiquinho, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Domingos Brazão, também é réu sob acusação de ter mandado matar a vereadora.
Expulso do União Brasil após a prisão, Chiquinho Brazão ainda é deputado; ontem, dia 10, o processo de cassação na Câmara dos Deputados completou dez meses, sem desfecho.
Os Brazão aguardam julgamento no Presídio Federal de Campo Grande.
Segundo o Campo Grande News, um site de notícias de Mato Grosso do Sul, a saída do parlamentar mobilizou forte esquema de segurança da Polícia Penal Federal.
Um comboio com três viaturas e uma ambulância fechou uma das principais ruas do centro da capital sul-matogrossense, para a passagem dos veículos, chamando a atenção de pedestres e comerciantes da região. Agentes à paisana também reforçaram a escolta, enquanto curiosos registravam a movimentação com celulares.
Os advogados de Brazão alegam que o deputado enfrenta problemas graves de saúde, incluindo hipertensão, diabetes e complicações cardíacas, fatores que motivaram a defesa a pedir ao STF a concessão de prisão domiciliar, por razões humanitárias. O pedido foi negado em janeiro.
Chiquinho Brazão e seu irmão, o ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Rio Domingos Brazão, negam envolvimento no crime.