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Tales: Ordem dentro do governo Lula é ter reação cirúrgica a Trump

do UOL

Colaboração para o UOL

10/02/2025 11h05

O governo federal estuda uma reação precisa ao governo de Donald Trump caso o presidente dos Estados Unidos confirme sua pretensão de elevar tarifas sobre o aço e o alumínio de todos os países, afirmou o colunista Tales Faria no UOL News desta segunda (10).

Ainda hoje, Trump deve assinar a decisão, que colocará uma taxa de 35% sobre os dois produtos. O Brasil será um dos países mais afetados, com tarifas que podem impactar US$ 6 bilhões em vendas, ao lado de Coreia do Sul, México e Canadá.

A ordem dentro do governo é ter uma reação cirúrgica. Está sendo feito um levantamento pela Fazenda das medidas que podem ser tomadas. Na Indústria e Comércio, há uma avaliação de como essas medidas podem provocar danos às empresas brasileiras. Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, junto ao Ministério das Relações Exteriores, fazem esse levantamento com muito cuidado para que isso não se torne uma guerra comercial.

O que não interessa ao Brasil é uma guerra comercial com os EUA e com Trump. Também não interessa aos EUA, porque nosso aço é muito importante nessa relação entre os dois países, assim como o petróleo. Tudo isso também tem consequências para a indústria americana. O petróleo bruto exportado pelo Brasil move boa parte da economia dos EUA; o aço é fundamental na indústria automobilística. Tales Faria, colunista do UOL

Para Tales, caso Trump coloque em prática sua intenção de taxar o aço e o alumínio, diversos países devem concentrar suas reações sobre as grandes empresas de tecnologia dos EUA - o que pode motivar um recuo do republicano.

Além dessas questões, há uma relativa às big techs. O envolvimento do Elon Musk e dos demais comandantes dessa nova oligarquia com o governo Trump os torna alvo prioritário não só do Brasil, mas de todo o mundo. E eles sabem que a agressão do Trump aos demais países trará retaliações sobre as big techs também. Isso não é desprezível.

Houve uma época na qual a grande ligação do governo norte-americano com a indústria cinematográfica fazia com que a reação sobre ela fosse imediatamente sentida e ele recuasse. Agora, o quem tem mais importância para Trump são as big techs, que se tornam um alvo do mundo todo por essa relação umbilical entre seus caciques e o governo. Tales Faria, colunista do UOL

Josias: Taxar big techs é resposta razoável do governo Lula a Trump

Uma eventual taxação sobre as big techs seria uma resposta adequada do governo Lula à pretensão de Donald Trump aumentar as tarifas sobre o aço e alumínio de todos os países, disse o colunista Josias de Souza no UOL News desta segunda (10).

É possível sofisticar a resposta de modo a reduzir os danos, que sempre existirá, mas é preciso tentar atingir as big techs hoje. É uma providência que pode ser classificada como razoável, porque não é concebível que empresas como os conglomerados digitais faturem no Brasil sem pagar imposto. Não se está falando em nada fora de propósito.

Há razões técnicas para que isso ocorra. É uma forma de responder ao Trump com algo que já vinha sendo estudado pelo Ministério da Fazenda e seria uma das respostas pontuais. Não é a única, mas talvez seria uma das mais efetivas em função dessa relação próxima que hoje as empresas digitais mantêm com o Donald Trump. Josias de Souza, colunista do UOL

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