Petróleo sobe impulsionado por tarifas e sanções contra Irã
Os preços do petróleo subiram nesta segunda-feira (10), impulsionados pelas declarações do presidente dos EUA, Donald Trump, sobre novas tarifas e sanções direcionadas ao setor de energia do Irã.
A guerra comercial prometida por Trump pode entrar em uma nova fase se o presidente cumprir sua promessa de impor tarifas de 25% sobre o aço e o alumínio importados pelos Estados Unidos.
No início da tarde, o governo americano ainda não havia concretizado o anúncio feito na véspera pelo republicano.
O preço do barril de Brent do Mar do Norte, para entrega em abril, subiu 1,62% para 75,87 dólares. Seu equivalente americano, o West Texas Intermediate, para março, avançou 1,86% a 72,32 dólares.
O anúncio desses números "lembra aos operadores que as tarifas sobre o México e o Canadá ainda estão no limbo" e "que provavelmente será tomada uma decisão nas próximas três semanas", explicou à AFP Robert Yawger, da Mizuho USA.
Há uma semana, Trump ameaçou o México e o Canadá com tarifas gerais de 25%, mas suspendeu a entrada em vigor de sua decisão por um mês.
Aplicar sobretaxas aos produtos importados desses dois países seria "um problema" porque os Estados Unidos "importam do Canadá cerca de quatro milhões de barris por dia" e mais de 400 mil barris diários do México, segundo Yawger.
O analista também cita outros fatores para a alta do petróleo, como a situação em Gaza, onde a trégua corre o risco de cair após o adiamento indefinido da próxima libertação de reféns pelo Hamas.
E as sanções anunciadas pelos Estados Unidos contra as exportações de petróleo iraniano, em linha com a política de "pressão máxima" sobre Teerã defendida por Trump.
Washington anunciou na quinta-feira sanções financeiras contra uma "rede internacional" acusada de enviar petróleo iraniano para a China para financiar as atividades militares de Teerã.
Estas novas medidas contra o Irã, um dos dez maiores produtores de petróleo do mundo, contribuem "para endurecer o mercado petrolífero como um todo", afirmou Bjarne Schieldrop, analista da SEB.
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