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Brasil terá ondas de calor; termômetros podem atingir 7ºC acima da média

do UOL

Do UOL, em São Paulo

10/02/2025 19h30

A meteorologista Josélia Pegorim, da Climatempo, afirmou nesta segunda-feira (10) que o Brasil deve enfrentar duas ondas de calor simultaneamente e que temperaturas podem chegar a 7ºC acima da média em algumas regiões. A declaração foi feita durante entrevista ao UOL News, do Canal UOL.

Essa onda de calor -- que vai se instalar sobre o Sudeste e também áreas do Centro-Oeste e do Nordeste do Brasil --, não é a mesma onda de calor que afeta o sul do Brasil. São coisas distintas. Elas são causadas por grandes sistemas de alta pressão atmosférica e provocam, muitas vezes, bloqueios na atmosfera, dificultando a chegada de frentes frias, por exemplo.
Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo

O Rio Grande do Sul tem sofrido bastante com as altas temperaturas registradas: na última terça-feira (4), por exemplo, o município de Quaraí apontou para 43,8 ºC, o maior índice já registrado no estado. Com isso, o TJ-RS (Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul) determinou o adiamento do ano letivo na rede estadual de ensino, que começaria nesta segunda. A expectativa, segundo a meteorologista, é que o calor extremo na região se prolongue até o dia 18.

Ao Canal UOL, Josélia explicou que a segunda onda chegará a partir de quarta-feira (12) e deve se instalar em várias partes do Brasil.

Essa vai ser muito mais ampla e muito mais longa. Então essa é uma preocupação, porque essa onda de calor deve atuar com a sua força maior sobre todos os estados da região sudeste, as áreas mais a oeste e sul do estado de Mato Grosso do Sul — áreas de fronteira com o Paraguai —, ao norte do Paraná, centro-oeste da Bahia e áreas do sertão do Piauí e do Pernambuco.

Nessas áreas, podemos ter temperaturas aí de 5 a 7 graus acima do que seria o normal para essa época do ano. Isso a partir de quarta. Josélia Pegorim, meteorologista da Climatempo

Professora: 'Trump vê em Gaza um modelo de negócios'

No UOL News, Bárbara Motta, professora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Sergipe, disse que o presidente americano, Donald Trump, olha para a Faixa de Gaza como se fosse um modelo de negócios e terra para dar lucro.

Acho que o Trump olha para a Gaza como um modelo de negócios. Não à toa que, em discurso passado, ele falou que queria transformar a Gaza na Riviera. Hoje no discurso mencionou que quer lidar com Gaza como se fosse um grande empreendimento imobiliário.

Então, ele olha para a Gaza como um grande território, como uma grande terra arrasada na qual os Estados Unidos podem lucrar a partir do momento em que recuperarem aquele local. Bárbara Motta, professora de Relações Internacionais

Na semana passada, Trump chocou o mundo ao anunciar, ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o plano de expulsar os palestinos que vivem na região de Gaza. Ele, no entanto, não explicou como e quando isso ocorreria. A ideia foi alvo de condenações tanto por parte de aliados como de adversários dos EUA.

Assista ao trecho do vídeo abaixo:

Lemos: 'Setor tech dos EUA é alvo ideal, mas Brasil precisa ter cautela'

No UOL News, o colunista da Folha de S.Paulo Ronaldo Lemos afirmou que o governo brasileiro precisa de cautela para não jogar mais fogo em gasolina na guerra comercial imposta pelo governo do presidente Donald Trump.

A questão tecnológica é a que mais importa para os Estados Unidos. Então, se o Brasil quiser realmente provocar uma dor, um dano, algo que seja relevante para os Estados Unidos, o setor tecnológico é o indicado, óbvio, para esse tipo de atuação. Mas é preciso desenhar esse imposto com muito cuidado, [porque] se a gente tarifa isso, será ruim porque encarece o custo de produção no Brasil também. Ronaldo Lemos, colunista da Folha de S.Paulo

Nesta segunda, Trump deve anunciar tarifas contra o aço, afetando potencialmente US$ 6 bilhões em exportações brasileiras. Os problemas podem ser ampliados ainda nesta semana, diante da promessa do americano de que irá aplicar uma política de reciprocidade tarifária. As tarifas contra o aço devem chegar a até 25%.

Segundo fontes ouvidas pelo jornal Folha de S.Paulo, o governo Lula (PT) estuda taxar plataformas digitais norte-americanas como medida de retaliação. Caso isso aconteça, serviços digitais de Amazon, Facebook, Instagram, Google e Spotify —uma empresa sueca— seriam afetados. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que era preciso aguardar o anúncio oficial dos EUA.

Assista ao trecho do vídeo abaixo:

Tales: 'Ordem dentro do governo Lula é ter reação cirúrgica a Trump'

Ainda durante o UOL News, o colunista Tales Faria disse que o governo federal estuda uma reação precisa ao governo de Donald Trump caso o presidente dos Estados Unidos confirme sua pretensão de elevar tarifas sobre o aço e o alumínio de todos os países.

A ordem dentro do governo é ter uma reação cirúrgica. Está sendo feito um levantamento pela Fazenda das medidas que podem ser tomadas. Na Indústria e Comércio, há uma avaliação de como essas medidas podem provocar danos às empresas brasileiras. Fernando Haddad e Geraldo Alckmin, junto ao Ministério das Relações Exteriores, fazem esse levantamento com muito cuidado para que isso não se torne uma guerra comercial.

O que não interessa ao Brasil é uma guerra comercial com os EUA e com Trump. Também não interessa aos EUA, porque nosso aço é muito importante nessa relação entre os dois países, assim como o petróleo. Tudo isso também tem consequências para a indústria americana. O petróleo bruto exportado pelo Brasil move boa parte da economia dos EUA; o aço é fundamental na indústria automobilística. Tales Faria, colunista do UOL

Assista ao trecho do vídeo abaixo:

O UOL News vai ao ar de segunda a sexta-feira em duas edições: às 10h, com apresentação de Fabíola Cidral, e às 17h, com Diego Sarza. Aos sábados, o programa é exibido às 11h e 17h, e aos domingos, às 17h.

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