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Egito condena sugestão israelense sobre Estado palestino na Arábia Saudita

08/02/2025 14h02

CAIRO (Reuters) - O Egito condenou neste sábado as declarações de autoridades israelenses que sugeriam o estabelecimento de um Estado palestino no território da Arábia Saudita, classificando-as como “irresponsáveis”.

O Ministério das Relações Exteriores do Egito disse em comunicado que a ideia é uma “violação direta da soberania saudita” e que a segurança do reino é uma “linha vermelha para o Egito”.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, parecia estar brincando quando respondeu nesta semana a um entrevistador do Canal 14, que errou ao dizer “Estado saudita” em vez de “Estado palestino” antes de se corrigir.

“Um Estado palestino”, disse Netanyahu, corrigindo o entrevistador. “A menos que você queira que o Estado palestino esteja na Arábia Saudita, eles têm muito território”, acrescentou Netanyahu, sorrindo durante a entrevista, realizada em Washington.

A declaração egípcia não se referiu diretamente a Netanyahu, mas disse que tais comentários são “uma agressão repreensível e uma violação das normas diplomáticas”.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu nesta semana que seu país assumisse o controle de Gaza e criasse uma “Riviera do Oriente Médio” depois de realocar os palestinos em outros lugares, inclusive no Egito e na Jordânia. Os países árabes querem ver uma solução de dois Estados com uma pátria palestina separada de Israel.

Mais tarde, Trump disse que Riade não exigia um Estado palestino como condição para normalizar os laços com Israel. Mas a Arábia Saudita rejeitou suas declarações e disse que não estabeleceria laços com Israel sem a criação de um Estado palestino.

O plano de Trump recebeu condenação global, com líderes regionais e globais dizendo que tal medida ameaçaria a estabilidade regional. Trump disse na sexta-feira que não tinha pressa em implementar seu plano para assumir e reconstruir Gaza.

(Por Muhammad Al Gebaly e Menna Alaa El-Din)

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