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Polícia investiga vínculo de atirador com escola no pior ataque a tiros da Suécia

06/02/2025 10h08

Por Johan Ahlander e Simon Johnson

OREBRO, Suécia (Reuters) - O atirador que matou 11 pessoas, incluindo ele próprio, em um centro de educação para adultos na região central da Suécia pode ter tido ligações com a escola, disse a polícia na quinta-feira, ao descrever as cenas caóticas após o ataque a tiros em massa mais mortal do país como sendo um "inferno".

A polícia acredita que o suposto assassino -- identificado por uma fonte da Reuters e pela mídia sueca como Rickard Andersson, um recluso desempregado de 35 anos -- agiu sozinho no ataque de terça-feira em um campus educacional em Orebro, cerca de 200 km a oeste de Estocolmo.

A polícia sueca encontrou três rifles perto do corpo do atirador, que acredita ter se suicidado.

"A polícia que chegou ao local falou sobre o que poderia ser descrito como um inferno... pessoas mortas e feridas, gritos e fumaça", afirmou o chefe de polícia de Orebro, Lars Wiren.

A polícia encontrou 10 carregadores de balas vazios e uma "grande quantidade" de munição não utilizada. Wiren disse que a polícia chegou ao local cinco minutos depois que o alarme foi acionado e acredita que o agressor começou a direcionar seus disparos contra eles.

"Depois de aproximadamente uma hora, a operação aguda terminou quando o suspeito do crime foi encontrado morto com várias armas perto dele", disse Wiren, acrescentando que a polícia não abriu fogo durante o incidente.

A polícia afirmou que a fumaça não foi causada por fogo, mas por "algum tipo de pirotecnia". Vários policiais tiveram que procurar atendimento médico por terem inalado fumaça.

As autoridades suecas disseram que, até o momento, não havia evidências de que o atirador tivesse "motivos ideológicos".

"Não vemos um motivo claro, mas estamos procurando por ele", disse a líder de investigações da polícia, Anna Bergqvist. "É uma pergunta muito difícil, mas é muito importante para todos nós podermos apresentar um motivo o mais rápido possível."

"O que podemos dizer é que há informações que indicam que ele, de alguma forma, tinha um vínculo com a escola. Isso é algo que teremos de examinar mais de perto", declarou Bergqvist na coletiva de imprensa.

A polícia não confirmou o nome do suspeito e está aguardando dados genéticos, dentários e impressões digitais antes de fazer uma identificação conclusiva.

O centro de educação para adultos Risbergska, onde ocorreu o ataque, oferece cursos para adultos e aulas de sueco para imigrantes.

Embora a polícia ainda não tenha revelado as identidades das vítimas, a embaixada da Síria em Estocolmo escreveu no Facebook que cidadãos sírios estavam entre os mortos, sem especificar quantos.

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