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Especialistas temem que falas de Trump incentivem terrorismo, diz professor

do UOL

Do UOL, em São Paulo

06/02/2025 17h48

Segundo especialistas que trabalham na inteligência do governo americano, algumas falas ditas pelo presidente Donald Trump, como a declaração sobre a Faixa de Gaza, alimentam núcleos terroristas pelo mundo, afirmou o professor Mauricio Moura, da Universidade George Washington, no UOL News, do Canal UOL, nesta quinta-feira (6).

Várias frases dele [Trump], como a expulsão [de palestinos da Faixa de Gaza], são incentivo para recrutamento de terroristas, segundo especialistas de segurança e pessoas que ouvi e trabalham na inteligência do governo americano.

[Essas falas] motivam os terroristas. Essa fala é motivo de muita preocupação aqui. Ninguém sabe o que é sério ou não, mas o fato é que, segundo especialistas que eu ouvi, alimentam vários núcleos terroristas pelo mundo. Professor Mauricio Moura, da Universidade George Washington

Na terça (4), Trump chocou o mundo ao anunciar o plano de expulsar os palestinos que vivem em Gaza. O republicano fez o anúncio ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Ele, no entanto, não explicou como e quando isso ocorreria. A ideia foi alvo de condenações tanto por parte de aliados como de adversários dos EUA e denunciada como "limpeza étnica" pela ONU (Organização das Nações Unidas).

Após a repercussão negativa, a Casa Branca recuou sobre a proposta e o deslocamento de palestinos. A porta-voz do governo Trump, Karoline Leavitt, chamou a ação de "realocação temporária".

Essas ações estão sendo em demasia e muito fora do padrão, fora do protocolo. Enfim, é uma sequência diária de notícias do governo Trump que, por um lado, aqui em Washington não surpreende, por outro lado, choca diariamente.

Se eu tivesse que tirar uma coisa dessas duas semanas do governo Trump é menos essas declarações sobre política externa e mais as mudanças estruturais que estão acontecendo dentro do governo americano. A gente está falando do fim da Usaid, do desmantelamento do departamento de educação, de demissões em diversas áreas, no FBI, promotores que estão sendo achacados. Na verdade, é essa a agenda que está sendo mais forte, mas as declarações sobre Gaza, Canadá... acabam ocupando espaço na imprensa. Professor Mauricio Moura, da Universidade George Washington

Juros altos têm relação com lucro recorde, diz jornalista

No UOL News, a jornalista Denyse Godoy, editora-chefe de economia do UOL, afirmou que os juros altos e a eficiência explicam o lucro recorde dos bancos Itaú Unibanco e Santander Brasil.

Quem estabelece os juros básicos do país é o governo. Neste caso, a taxa de 13,25%. O negócio do banco é pegar esse dinheiro emprestado de alguém —muitas vezes, grande proporção é do próprio correntista. Se você investe no banco, você investe num CDB, ou numa outra aplicação qualquer. Então, o banco vai pagar juros e aí ele 'pega' esse dinheiro para emprestar a outros clientes que pegam crédito.

Aí você pode argumentar, e essa é uma crítica muito forte, sobre a diferença. Seria essa a diferença, que é o spread bancário [a diferença entre os juros que o banco cobra ao emprestar e a taxa que ele mesmo paga ao captar dinheiro], não seria muito elevado? É uma discussão permanente. Denyse Godoy, editora-chefe de economia do UOL

No fim de janeiro, o Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) decidiu aumentar a Selic, taxa básica de juros da economia brasileira, em 1 ponto percentual, para 13,25% ao ano, seu nível mais alto desde agosto de 2023. O aumento da Selic é uma tentativa de conter a inflação no País. A alta encarece principalmente o crédito e os serviços financeiros. Ou seja, fica mais caro o custo dos empréstimos pessoais e para empresas, dos financiamentos imobiliários e para a compra de veículos.

Bancos na lista de marcas mais valiosas

Itaú, Banco do Brasil e Bradesco entraram para a lista de marcas mais valiosas da América Latina, segundo levantamento feito pela consultoria britânica Brand Finance. Apesar disso, o Itaú perdeu a posição de número 1 para a cerveja Corona Extra, do grupo AB Inbev.

O banco brasileiro teve um declínio de marca de 4,4%, passando para US$ 8,4 bilhões.

Economista: 'Falta concorrência no Brasil'

No UOL News, o economista Teco Medina disse que a falta de concorrência entre os bancos, no Brasil, ajuda a explicar os bons resultados apresentados pelo Itaú Unibanco e o Santander Brasil.

São empresas bem administradas, bem geridas, são empresas que têm tecnologia, mas é quase um mini oligopólio ali. Você imagina que tem 200 milhões de brasileiros para cinco bancos. Então, sim, acho que uma das razões que explicam esses lucros muito fortes dos bancos é a falta de concorrência. A gente tem muito pouco banco para a quantidade de brasileiro que utilizam o tempo todo. O desenho do sistema bancário brasileiro é altamente concentrador. Teco Medina, economista

Em 2020, os cinco maiores bancos do Brasil concentraram mais de 80% dos empréstimos em 2020 em todo o país, segundo Relatório de Economia Bancária divulgado pelo BC (Banco Central). De cada R$ 10 emprestados, R$ 8,18 eram financiados pela Itaú Unibanco, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa Econômica Federal.

O setor, no entanto, tem visto o surgimento das chamadas fintechs —empresas que introduzem inovações nos mercados financeiros por meio do uso intenso de tecnologia—, como o Nubank, Inter e Pagbank, entre outros.

Em maio, o Nubank fechou o pregão como a instituição financeira brasileira mais valiosa pela primeira vez. Na ocasião, o banco digital foi avaliado em R$ 299,2 bilhões. O Itaú valia R$ 288,6 bilhões naquele momento. O Nubank também ultrapassou o Itaú em número de clientes em outubro. Foram 100,7 milhões contra 98,5, segundo o Banco Central.

Assista ao trecho no vídeo abaixo

Bancos na lista de marcas mais valiosas

Itaú, Banco do Brasil e Bradesco entraram para a lista de marcas mais valiosas da América Latina, segundo levantamento feito pela consultoria britânica Brand Finance. Apesar disso, o Itaú perdeu a posição de número 1 para a cerveja Corona Extra, do grupo AB Inbev.

O banco brasileiro teve um declínio de marca de 4,4%, passando para US$ 8,4 bilhões.

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