Trump diz que EUA devem 'tomar' a Faixa de Gaza dos palestinos

Donald Trump disse ontem que os Estados Unidos irão "tomar a Faixa de Gaza" e, quando questionado, admitiu a possibilidade de usar as forças armadas para invadir o território palestino, se for necessário.
"Eu vejo uma posição de propriedade de longo prazo", disse Trump. "A Riviera do Oriente Médio, isso seria uma coisa magnífica."
A iniciativa envolveria o deslocamento dos 2 milhões de palestinos que vivem da região. Eles "deveriam ir para outros países com interesse em questões humanitárias", disse Trump, sem explicar o que aconteceria com os que se recusassem a sair.
As afirmações foram feitas perante jornalistas americanos e israelenses na Casa Branca durante a entrevista coletiva após a reunião de Trump com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.
Condenação internacional
Limpeza étnica, racismo, bravata. As falas de Trump sobre a tomada da Faixa de Gaza pelos EUA foram criticadas por diversos líderes mundiais, tanto aliados como adversários.
"A fala dele é incompreensível para qualquer ser humano", disse o presidente Lula. "Tem um tipo de político que vive de bravata. E o presidente Trump fez a campanha dele assim."
Reino Unido, Turquia, China, Rússia e Arábia Saudita, entre outros países, rejeitaram a ideia e defenderam a Faixa de Gaza para os palestinos e a criação de um Estado palestino.
O porta-voz do Hamas Abdel Latif al-Qanou disse que "a posição racista americana se alinha com a da extrema-direita israelense, em expulsar nosso povo e eliminar a nossa causa".
Nos EUA, o diretor da Anistia Internacional, Paul O'Brien, alertou que retirar os palestinos de Gaza era "equivalente a destruí-los como povo".
Correios dos EUA boicotam China
Os correios dos EUA anunciaram a suspensão da entrega de pacotes vindos da China, incluindo Hong Kong.
A empresa não explicou as razões da decisão, que ocorre em meio a uma série de medidas protecionistas adotadas pelo presidente Trump, que incluem uma sobretaxa de 10% sobre todas as importações da China. Em represália, a China anunciou ontem que também elevaria as taxas sobre alguns produtos americanos.
Após o anúncio feito pelos correios americanos, os preços das ações das empresas chinesas de comércio eletrônico caíram. A JD.com sofreu desvalorização de 5,25%, e a Alibaba, de 1,6%, na bolsa de Hong Kong.
'Pior ataque a tiros da história da Suécia'
Pelo menos 11 pessoas morreram em um ataque a tiros em uma escola para adultos ontem em Örebro, no centro da Suécia. A polícia diz acreditar que o matador está entre os mortos.
"Este é o pior ataque a tiros em massa da história" da Suécia, afirmou o primeiro-ministro Ulf Kristersson.
Segundo o chefe da polícia de Örebro, Roberto Eid Forest, "o autor não é conhecido da polícia e não tem vínculos com nenhum grupo".
O suspeito de 35 anos teve sua residência revistada pela polícia. Ele tinha porte de armas e não tinha antecedentes criminais, de acordo com um canal de TV local.
Spotify tem primeiro lucro anual
O Spotify anunciou ontem o primeiro lucro anual após 18 anos no mercado.
A maior plataforma de streaming de áudio do mundo obteve um lucro líquido de US$ 1,13 bilhão em 2024, para uma receita de US$ 16,1 bilhões. Em 2023, a empresa havia registrado um prejuízo de US$ 546 milhões.
No ano passado, o número de assinaturas pagas, principal fonte de renda da companhia, aumentou 11%, chegando a 263 milhões de contas.
A empresa também cortou custos e demitiu 20% de seus funcionários em 2024, segundo a revista Vanity Fair. Após o anúncio dos resultados, as ações da empresa, que tem sede em Luxemburgo, subiram 10%.
EUA liberam teste de rim de porcos em humanos
A FDA, a agência nacional de saúde dos EUA, autorizou duas empresas de biotecnologia a realizar testes com transplantes de rins de porcos em humanos.
Os testes serão realizados inicialmente em seis pacientes com insuficiência renal terminal, mas o objetivo é chegar a 50 pessoas, disse em nota a United Therapeutics.
A eGenesis informou ter recebido a autorização para um estudo com três pacientes.
O estudo será realizado em pacientes com insuficiência real, mas com baixa probabilidade de receber um rim humano para transplante, segundo a empresa.
Se os testes forem bem-sucedidos, as empresas pedirão licença para colocar o procedimento no mercado.