Cinco prisioneiros do Estado Islâmico são mortos ao tentar escapar de prisão no Tajiquistão, diz fonte
Por Nazarali Pirnazarov
DUSHANBE (Reuters) - Pelo menos cinco prisioneiros que apoiavam o Estado Islâmico foram mortos após atacarem guardas com facas e tentarem fugir de uma prisão no Tajiquistão, informou uma fonte policial.
O grupo militante Estado Islâmico foi derrotado na Síria em 2019, mas grupos dissidentes, como o Estado Islâmico Khorasan (ISIS-K), continuaram os ataques, incluindo um tiroteio em massa em uma sala de concertos perto de Moscou no ano passado.
Nove prisioneiros empunhando canivetes e facas artesanais atacaram guardas na segunda-feira, informou o Ministério da Justiça, acrescentando que os prisioneiros tentaram matar os guardas e fugir da colônia penal 20 km a leste de Dushanbe, capital do Tajiquistão.
Uma fonte da polícia tajique, falando sob condição de anonimato, disse à Reuters que os prisioneiros envolvidos haviam sido condenados por ligações com o Estado Islâmico e o movimento Jihadi Salafi. Ambos são proibidos no Tajiquistão.
Pelo menos três guardas prisionais ficaram gravemente feridos no incidente e o chefe da administração da prisão foi levado ao hospital em estado grave, afirmou uma segunda fonte.
Um vídeo não verificado nos canais do Telegram mostrou o que eles disseram ser prisioneiros mortos em poças de sangue. Pelo menos um deles usava um boné com a bandeira do Estado Islâmico.
Andrei Serenko, analista da Ásia Central, disse que os partidários do Estado Islâmico iniciaram a tentativa de fuga e levantaram brevemente a bandeira do grupo sobre a prisão.
Nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo motim.
O Tajiquistão, um país predominantemente muçulmano sunita, tem 10 milhões de habitantes e é uma das repúblicas ex-soviéticas mais pobres.
Uma investigação criminal sobre o incidente foi iniciada, disse o Ministério Público.