Se o Congresso decide o Orçamento, para que presidencialismo?

Dora Kramer, hoje, na Folha, resume com uma alusão a Tomasi di Lampedusa os primeiros momentos de Motta e Alcolumbre no comando do Congresso: "Os primeiros sinais da sinfonia congressista emitidos pelos novos maestros da Câmara e do Senado corroboram a impressão geral de que os comandos mudaram para permanecer tudo como está".
E esse tudo se concentra, basicamente, na manutenção das emendas impositivas, que desviam do Executivo o poder decisório sobre o Orçamento para os ralos insondáveis dos currais eleitorais.
Para Reinaldo Azevedo, "precisamos debater uma saída desse que é um sistema de governo impossível, talhado para dar errado. O Congresso tem de começar a responder pelas escolhas, também as orçamentárias, que faz". O colunista vai além: "Chegou a hora de debater o semipresidencialismo ou semiparlamentarismo, a depender do ângulo que se escolha. Se o Congresso quer o bônus das emendas, tem de ter o ônus das escolhas".
- Dora Kramer: Emendas acima de tudo
- Reinaldo Azevedo: Há conciliação no Congresso, mas 'polarização' no Brasil? Isso faz sentido?
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