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Ibovespa ensaia melhora com noticiário sobre tarifas no radar

03/02/2025 10h12

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - O Ibovespa ensaiava melhora nesta segunda-feira, tendo renovado máximas da sessão neste começo de tarde após notícias de que os Estados Unidos suspenderam por 30 dias a aplicação de tarifas para as importações do México.

Por volta de 13h30, o Ibovespa, referência do mercado acionário brasileiro, mostrava variação positiva de 0,08%, a 126.239,43 pontos, após marcar 125.566,4 pontos mais cedo, na mínima do dia, e chegar a 126.473,23 pontos na máxima.

O volume financeiro somava 8,66 bilhões de reais.

A bolsa paulista abriu contaminada pelas preocupações com os potenciais reflexos da determinação do presidente dos EUA, Donald Trump, no sábado, para aplicação tarifas sobre importações de Canadá, México e China a partir de terça-feira.

No começo da tarde, porém, após conversar com Trump, a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, disse que os EUA aceitaram suspender por um mês as tarifas contra o México. Trump acrescentou que as negociações continuarão visando um acordo.

Trump também deve voltar a conversar com o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, que anunciou medidas retaliatórias após os decretos do republicano no fim de semana, que marcam uma escalada significativa no protecionismo comercial.

Em Wall Street, o S&P 500 recuava 0,52%.

Na visão do estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, dado o elevado componente de incertezas acerca das derivadas de tais medidas, bem como das respostas dos países envolvidos, a volatilidade tende a continuar alta.

DESTAQUES

- ELETROBRAS avançava 2,44%, entre os principais suportes do Ibovespa, em dia positivo para o setor. Estrategistas do BTG Pactual também mantiveram as ações em sua carteira de recomendações 10 SIM para fevereiro, citando que uma política de dividendos trimestrais está sendo considerada, bem como a empresa pode estar a algumas semanas de um acordo com o governo federal. Também destacaram que a complexidade tem sido gradualmente reduzida pela administração da empresa.

- B3 ON valorizava-se 1,61%, também fornecendo um apoio relevante. O BTG incluiu os papéis no seu portfólio 10 SIM, citando melhora na visão sobre a companhia.

- NATURA&CO ON subia 1,27%, endossada por relatório de analistas do Goldman Sachs, que elevaram a recomendação das ações para compra ante neutra, afirmando que veem a fabricante de cosméticos progredindo no caminho para simplificar operações e estrutura corporativa. Tal cenário, na visão de Irma Sgarz e equipe, pode desbloquear retornos atrativos para os acionistas a partir da otimização da estrutura de capital. O preço-alvo dos papéis permaneceu em 16 reais.

- ITAÚ UNIBANCO PN recuava 0,31% e BRADESCO PN subia 0,41%, tendo no radar os resultados do quarto trimestre nesta semana - quarta e sexta-feira, respectivamente. O BTG excluiu Itaú de sua carteira recomendada 10SIM para fevereiro, "após desempenho muito forte". SANTANDER BRASIL UNIT, que também reporta balanço na quarta, perdia 0,12%. BANCO DO BRASIL ON, que traz seu desempenho apenas no dia 19 de fevereiro, cedia 0,22%.

- MAGAZINE LUIZA ON era negociada em baixa de 2,82%, refletindo ajustes após alta de mais de 17% na semana passada.

- PETROBRAS PN caía 0,29%, após renovar máximas históricas na última sexta-feira. PETROBRAS ON recuava 0,86%. A estatal divulga após o fechamento dados de produção e vendas do último trimestre de 2024. No exterior, o barril de petróleo Brent cedia 0,19%.

- VALE ON registrava variação negativa de 0,66%, ainda sem a referência dos futuros do minério de ferro na China por feriado naquele país. O contrato de referência da commodity em Cingapura mostrava decréscimo de 0,08%. No setor de mineração e siderurgia, GERDAU PN avançava 1,63%, uma vez que pode se beneficiar das ações tarifarias de Trump em razão de suas operações nos EUA. CSN ON e USIMINAS PNA mostravam estabilidade.

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