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É falso que pesquisas indicam votos de brasileiros deportados em Lula

03.fev.2025 - Não é possível saber em quem brasileiros deportados votaram, nem há quanto tempo estavam nos EUA - Arte/UOL sobre Reprodução Facebook
03.fev.2025 - Não é possível saber em quem brasileiros deportados votaram, nem há quanto tempo estavam nos EUA Imagem: Arte/UOL sobre Reprodução Facebook
do UOL

Do UOL, no Rio

03/02/2025 17h00

Não existem pesquisas que revelem que 82% dos brasileiros deportados dos EUA em janeiro deste ano teriam votado em Lula (PT) nas eleições de 2022. O voto é secreto.

O pedido de checagem foi enviado ao UOL Confere pelo WhatsApp (11) 97684-6049.

O que diz o post

Uma imagem com a foto do rosto do presidente dos EUA, Donald Trump, é compartilhada com as seguintes frases: "Votaram no Lula e fugiram para os EUA? Imigrantes brasileiros que fizeram o L: 82%. Não votaram no Lula: 18%. Pesquisas revelam que a maioria dos imigrantes brasileiros deportados votaram no Lula".

Por que é falso

O post não indica que pesquisas seriam essas. Não é possível encontrar referência a este assunto em buscas no Google ou em portais de notícias (aqui).

Voto é secreto. No Brasil, o voto se tornou secreto em 1932, com a com a publicação do Código Eleitoral (aqui). O Glossário Eleitoral do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) observa que o voto secreto é um dos pilares da democracia, garantido tanto pela urna eletrônica quanto pela cabine eleitoral (aqui e aqui). Desta forma, não é possível saber em quem os 88 brasileiros deportados em janeiro teriam votado para presidente durante as eleições de 2022, nem há quanto tempo eles estavam nos EUA.

Maioria dos brasileiros nos EUA votou em Bolsonaro. Entre os cidadãos brasileiros que vivem nos Estados Unidos e votaram na eleição de 2022, Jair Bolsonaro (PL) foi a preferência de 65,48% deles (aqui). Lula (PT) teve 34,52% dos votos. Já entre os votos de todos os brasileiros que vivem no exterior, Lula foi o preferido, com 51,28% contra 48,72% de Bolsonaro (aqui).

Este conteúdo também foi verificado por Estadão Verifica.

Sugestões de checagens podem ser enviadas para o WhatsApp (11) 97684-6049 ou para o email uolconfere@uol.com.br.

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