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Ataque com drone contra hospital no Sudão deixa 70 mortos, diz OMS

Hospital saudita atacado por mísseis em 13 de dezembro de 2024 - Xinhua/Ministério da Saúde do Estado de Darfur do Norte do Sudão
Hospital saudita atacado por mísseis em 13 de dezembro de 2024 Imagem: Xinhua/Ministério da Saúde do Estado de Darfur do Norte do Sudão

26/01/2025 11h58

Um ataque com drone realizado no sábado (25) contra o principal hospital de El Fasher, uma cidade do Sudão localizada na região de Darfur, sitiada por paramilitares, deixou 70 mortos e 19 feridos, declarou neste domingo (26) o diretor-geral da OMS (Organização Mundial da Saúde).

"O terrível ataque contra o hospital saudita de El Fasher, no Sudão, deixou 70 mortos entre pacientes e seus acompanhantes, e 19 feridos", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus em uma mensagem publicada na rede social X. "No momento do ataque, o hospital estava cheio de pacientes recebendo tratamento", acrescentou.

No sábado, uma fonte médica e o comitê de resistência local, parte de uma rede nacional que coordena ajuda em tempos de guerra, haviam divulgado um balanço de 67 mortos.

O bombardeio destruiu o prédio onde ficava a emergência, informou uma fonte da equipe médica do hospital. Segundo ela, o mesmo local foi atingido por um drone semanas atrás.

Ghebreyesus alertou que o acesso à atenção médica em El Fasher "já está severamente limitado", com a maioria das instalações fechadas devido aos intensos combates.

O hospital saudita, que é "o único hospital em operação de El Fasher, oferece serviços de ginecologia, obstetrícia, medicina interna, cirurgia e pediatria, além de um centro de nutrição", disse Ghebreyesus.

Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores saudita condenou o ataque à unidade médica como uma "violação do direito internacional e do direito internacional humanitário" e pediu a "proteção aos trabalhadores médicos e humanitários".

O Sudão está mergulhado em uma guerra entre os paramilitares das Forças de Apoio Rápido, dirigidas pelo general Mohamed Hamdan Daglo, e o Exército sudanês, comandado pelo general Abdel Fatah al-Burhan, que dirige de fato o país, um dos mais pobres do mundo.

Desde o início do conflito, em abril de 2023, dezenas de milhares de pessoas morreram e mais de 11 milhões de sudaneses foram forçados a se deslocar, segundo a ONU.

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