Salvaram as próprias vidas, diz Defesa Civil sobre vídeo em metrô alagado
Um grupo formado por cerca de 20 pessoas em estação de metrô alagada, durante o temporal que caiu na capital, nesta sexta-feira (24), conseguiu salvar as próprias vidas ao buscar a autoproteção, afirmou o tenente Maxwell de Souza, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo, no UOL News, do Canal UOL.
A Defesa Civil tem trabalhado muito para despertar uma mudança de comportamento na população, o que chamamos de comportamento de autoproteção. Tenente Maxwell de Souza, da Defesa Civil
O tenente estava se referindo ao vídeo em que passageiros aparecem se segurando ou subindo no corrimão da estação alagada —as cenas foram gravadas na estação Jardim São Paulo, zona norte, uma das regiões mais afetadas. O temporal formou correntezas nas escadas rolantes e levou a água até as catracas que dão acesso à plataforma.
Ao Canal UOL, Souza ressaltou a importância daquilo que classificam como "autoproteção", que é o incentivo a medidas de prevenção e ao conhecimento para identificar e saber como reagir a situações de perigo. A autoproteção já é incentivada em países como o Japão (onde há ocorrências de terremotos e tsunamis, por exemplo).
Muitas vezes, não dá tempo de o poder público chegar a tempo para socorrer as pessoas. E quando eu digo poder público, me refiro aos bombeiros, à Defesa Civil, à polícia [etc]. Numa situação assim não daria tempo de as equipes chegarem.
E aí o cidadão precisa saber o que fazer, como se proteger em um evento como este. E essas pessoas souberam. A imagem, embora seja assustadora, ela está correta no ponto de vista da autoproteção. Eles procuraram um ponto mais alto e se seguraram de forma firme, e nós não vemos nenhuma pessoa sendo arrastada [pela correnteza].
É esse tipo de comportamento diante do caos que incentivamos. Essas pessoas conseguiram salvar as próprias vidas. Tenente Maxwell de Souza, da Defesa Civil
Defesa Civil: SP registra 122 mm de chuva em 3 h
A capital paulista registrou 122 milímetros de chuva em apenas três horas, ou quase metade do volume esperado para o mês de janeiro, segundo informou o tenente Maxwell de Souza, ainda durante participação no UOL News.
Choveu 122 milímetros nessas últimas três horas na capital, segundo dados do Imet [Instituto Nacional de Meteorologia]. Então, 122 mm de chuva é bastante para três horas. E quando a gente fala da capital, é chuva mesmo, porque nós temos uma área grande coberta por asfalto. Tenente Maxwell, porta-voz da Defesa Civil de São Paulo
A cidade de São Paulo entrou em estado de atenção em razão das fortes chuvas que atingiram o município na tarde de hoje. Quase 140 mil residências ficaram sem fornecimento de energia na capital. Parte do teto do shopping Center Norte também desabou.
Ao todo, o Corpo de Bombeiros recebeu 20 chamados para enchente e inundação. Também houve um chamado para queda de árvore e outros três para desmoronamento no período das 15h30 e 17h00 na capital e região metropolitana, segundo a corporação. Não há registros de vítimas nem deslizamentos.
A capital registrou 122 mm em apenas três horas, o que corresponde a 47,42% dos 257,3 mm esperados para o mês inteiro, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências). Cada milímetro de chuva corresponde a um litro por metro quadrado, ou seja, aquela quantidade de água, se despejada sobre uma superfície plana de um metro quadrado, formaria uma lâmina de água de um milímetro de altura.
Sakamoto: 'São Paulo vive o caos e segue despreparada para enfrentar temporais'
No UOL News, o colunista Leonardo Sakamoto afirmou que a capital paulista não tem planejamento e segue despreparada para enfrentar chuvas fortes como as de hoje,
É claro que é impossível separar os eventos de chuvas de eventos climáticos extremos. Situações como essas vão ficar cada vez mais frequentes na cidade São Paulo, no estado, no Brasil e no mundo, porque o mundo esquentou. E se esquentou, haverá mais eventos extremos.
O que acontece é que São Paulo, assim com muitas cidades pelo mundo, não está preparada para enfrentar, não há planejamento implementado para se adaptar a essa situação que, infelizmente, vamos ter que conviver.
Quando chove em São Paulo, pessoas que moram nos morros ou nas várzeas, em áreas com baixa estrutura, sofrem o dobro. Há áreas que estão sem luz. Se elas estão na periferia, você não tenha dúvida nenhuma de que elas levarão mais tempo para ter energia ser restabelecida. E a gente não vê melhorias com relação a isso. As cenas que vivemos hoje são bastante representativas. Leonardo Sakamoto, colunista do UOL
Josias: 'Nunes está mimetizando Tarcísio até mesmo na segurança pública'
Ainda durante o UOL News, o colunista Josias de Souza afirmou que o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), está imitando o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), até mesmo na área da segurança pública.
O prefeito está mimetizando, imitando o Tarcísio em várias áreas, né? E decidiu fazer a mesma coisa na área de segurança. Josias de Souza, colunista do UOL
Josias estava se referindo ao vídeo em que Nunes aparece cantando "jogar gás de pimenta na cara de vagabundo" ao lado de agentes da GCM (Guarda Civil Metropolitana). Na gravação, ele surge batendo palmas e sorrindo. O momento ocorreu durante a formatura de 500 novos guardas municipais no Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. Ao ser questionado pelo UOL sobre o vídeo, o mandatário disse que a imprensa só "procura coisas negativas".
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