Vereador do PT em São Paulo registra pedido de CPI do Serviço Funerário

O vereador Dheison (PT) enviou à presidência da Câmara Municipal de São Paulo um pedido de instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar supostas irregularidades relacionadas ao serviço funerário do município.
O que aconteceu
Pedido é motivado por queixas sobre qualidade do serviço. A gestão de cemitérios foi concedida à iniciativa privada em janeiro de 2023. Segundo Dheison, há denúncias de possíveis práticas de corrupção, superfaturamento e favorecimento ilícito envolvendo os concessionários responsáveis pelo serviço funerário.
Lista de problemas apontados é longa. Dificuldades de acesso ao enterro social, constrangimento para venda de itens e serviços desnecessários e até superfaturamento na comercialização de pacotes são classificados pelo vereador como "absurdos que vem sendo noticiados" e seriam alguns dos focos da CPI.
Proposta é que comissão seja formada por cinco vereadores. De acordo com o pedido, o grupo trabalharia no tema por 120 dias, com possibilidade de prorrogação. Para ser analisada, a CPI precisa do apoio de 19 membros da Câmara Municipal.
Concessionária indicou só caixão de luxo para obeso. A denúncia foi feita pela vereadora Silvia da Bancada Feminista (PSOL) em reunião realizada na Câmara Municipal em 13 de novembro de 2024. À época, Ricardo Gontijo, CEO do Grupo Maya (acusado da prática), negou a irregularidade.
"Serviço funerário agora é negócio", disse prefeito. Em entrevista ao UOL em dezembro do ano passado, Ricardo Nunes (MDB) defendeu a privatização da operação dos cemitérios.