A audiência pública, marcada pelo governo Lula (PT) para discutir as políticas de moderação de redes sociais, é uma grande bobagem e serve para agradar a militância, opinou a colunista Andreza Matais no UOL News, do Canal UOL, nesta quarta-feira (22).
Esse governo é um governo anti-Big Tech, e desde o começo se posicionou dessa forma. Andreza Matais, colunista do UOL
O encontro foi idealizado pela AGU (Advocacia-Geral da União) e marcado após Mark Zuckerberg ter anunciado, no começo do mês, que a Meta (controladora do Facebook, Instagram, Threads e WhatsApp) abandonou a checagem de fatos, flexibilizou a moderação automática para posts sobre gênero e imigração e retomou a distribuição de conteúdos políticos. A reunião estava prevista ocorrer nesta quarta, mas nenhuma das plataformas enviou representante.
Na minha avaliação, essa reunião é uma grande bobagem, porque o governo está antecipando uma discussão que não afeta o Brasil neste momento. O governo deveria canalizar sua energia para PL [Projeto de Lei] das Fake News que está parado lá no Congresso. Esse, sim, pode ter alguma repercussão prática para nós, aqui no Brasil.
Então, é um assunto que não diz respeito ao Brasil, pelo menos nesse momento. As novas medidas serão adotadas pela Meta lá nos Estados Unidos. O governo brasileiro está fazendo, na verdade, uma agenda pra agradar a sua militância. Essa reunião de hoje... você tinha ali só checadores de notícias ou pessoas muito ligadas à esquerda, à extrema esquerda, que é quem influencia o governo nesse debate. Andreza Matais, colunista do UOL
Reverendo: 'Bispa teve fala potente, e Trump tentou desqualificá-la'
No UOL News, o reverendo Arthur Cavalcante, deão da Catedral Anglicana de São Paulo, disse que a bispa Mariann Edgar Budde teve fala potente ao pedir misericórdia para minorias, e o presidente Donald Trump tentou desqualificá-la. O religioso pertence à mesma denominação da bispa.
A bispa estava na sua na sua prerrogativa de emitir a declaração, feita também diante de outros líderes religiosos não só da Igreja Episcopal, mas também de pessoas judias, muçulmanas, budistas, pentecostais, batistas, católicos.
A reação do Trump foi realmente uma reação de quem não suportou uma crítica, aliás, uma crítica elegante, uma fala sem afetação nenhuma, ao ser direcionada diretamente ao líder da nação, que se compromete com a Constituição, se compromete com valores daquele país, valores democráticos.
Então, quando Trump traz essa fala, desqualifica a posição dela como mulher, como líder religiosa do seu próprio país. É uma fala que tira o foco. A essência dessa fala em relação às medidas que são tomadas em relação aos migrantes e LGBTs para dizer que é uma fala de uma esquerdista, uma fala que ele não consegue qualificá-la, colocá-la num compartimento e ali isolá-la. Isso é triste. Reverendo Arthur Cavalcante, deão da Catedral Anglicana de São Paulo
Pontes sobre Bolsonaro: 'amigo não concorda com tudo, senão seria puxa-saco'
No UOL News, o senador Marcos Pontes confirmou a manutenção de sua candidatura à presidência do Senado e negou que esteja chateado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), após troca de farpas.
Eu sou amigo do Bolsonaro há muito tempo, e amigo é assim mesmo: às vezes concorda, às vezes não. Faz parte. Aquela manifestação dele também foi num dia em que ele estava chateado porque gostaria de estar na posse do Trump. Mas não tem problema, a gente segue.
Essa minha candidatura é uma candidatura independente do partido, o que deixa o partido numa situação muito tranquila de fazer os acordos que quiser, seja com Davi Alcolumbre ou qualquer outro candidato que desejarem. Mas eu continuo [nessa campanha]. Senador Marcos Pontes
A disputa entre os dois teria ocorrido após o senador rebater o ex-presidente, seu antigo aliado, e reiterar a sua pré-candidatura à presidência do Senado. Sem citar o nome de Bolsonaro, o político paulista afirmou no X (antigo Twitter) que "a arrogância pode fechar portas".
O ex-presidente apoia o nome de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para a sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG), se queixou publicamente da "disciplina" de seu ex-ministro da Ciência e Tecnologia e falou em "honrar a palavra dada".
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