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TikTok remove vídeo falso sobre Haddad após notificação da AGU

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em evento em Buenos Aires, na Argentina - 23.jan.2023-Luis Robayo/AFP
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, em evento em Buenos Aires, na Argentina Imagem: 23.jan.2023-Luis Robayo/AFP
do UOL

Do UOL, em São Paulo

21/01/2025 14h58Atualizada em 21/01/2025 18h38

O TikTok removeu nesta terça-feira (21) um vídeo falso que mostrava o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falando em "taxação de pobres".

O que aconteceu

A rede social foi notificada extrajudicialmente pela AGU (Advocacia-Geral da União) ontem (20). No vídeo, Haddad propõe taxar os mais pobres, com anuência do presidente Lula (PT).

Vídeo foi removido hoje, segundo AGU. O órgão enfatizou que, na notificação enviada à plataforma, a postagem tratava de desinformação, pois veicula um vídeo manipulado com auxílio de Inteligência Artificial. "E que busca confundir o público sobre a posição do ministro da Fazenda acerca de assuntos de interesse público, sem sua efetiva manifestação", disse a AGU, em nota.

Os advogados da União também argumentaram que a postagem tem caráter enganoso e fraudulento. "A análise do material evidencia a falsidade das informações por meio de alterações perceptíveis na movimentação labial e discrepâncias no timbre de voz, típicas de conteúdos forjados com o uso de inteligência artificial generativa", diz trecho da notificação.

Publicação já havia sido retirada do ar anteriormente, mas voltou ao ar. A AGU ressaltou, ainda, que a publicação ganhava maior gravidade porque já havia sido retirada do ar anteriormente e foi repostada pelo mesmo usuário.

Por fim, a AGU pedia que, caso não fosse acatada a solicitação, o conteúdo fosse marcado da seguinte maneira: "O vídeo foi gerado por inteligência artificial - conteúdo alterado ou sintético".

Segundo vídeo desmentido em duas semanas. No último dia 9, o ministro também foi alvo de um vídeo falso, em que foi atribuído a ele uma fala sobre "taxar tudo".

O UOL Confere, por meio da ferramenta TrueMedia, identificou "evidências substanciais de manipulação" no vídeo. "O tom é satírico, sugerindo que não é uma declaração política genuína, mas sim uma paródia ou uma peça ficcional. A linguagem é muito absurda e teatral para ser levada a sério", diz avaliação feita pelo site TrueMedia.org.

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