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Entre mensagens diplomáticas e busca de alianças, líderes mundiais reagem à posse de Donald Trump

20/01/2025 17h51

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou Donald Trump em nota oficial divulgada pelas redes sociais nesta segunda-feira (20). O magnata vem recebendo mensagens de felicitações de líderes do mundo todo.

"Em nome do governo brasileiro, cumprimento o presidente Donald Trump pela sua posse. As relações entre o Brasil e os EUA são marcadas por uma trajetória de cooperação, fundamentada no respeito mútuo e em uma amizade histórica", afirmou Lula. O presidente brasileiro ainda destacou as "fortes" relações bilaterais, em diferentes áreas, ofereceu a continuidade das parcerias e desejou êxito a Trump.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, parabenizou Donald Trump nesta segunda-feira (20) por sua posse, afirmando que seu retorno à Casa Branca é uma "oportunidade" para alcançar uma "paz justa" na Ucrânia.

"Hoje é um dia de mudança e um dia de esperança para a resolução de muitos problemas, incluindo desafios globais", disse Zelensky nas redes sociais. "O presidente Trump é sempre decisivo, e a política de paz por meio da força que ele anunciou oferece uma oportunidade de fortalecer a liderança americana e alcançar uma paz justa e de longo prazo, que é a principal prioridade", acrescentou.

O chefe da OTAN, Mark Rutte, afirmou que o retorno de Trump "vai revitalizar os gastos e a produção de defesa" na aliança.

"Somos mais fortes quando trabalhamos juntos, e estou ansioso para trabalhar com o presidente Trump", disse o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau, acrescentando ? após Trump ameaçar impor tarifas de 25% sobre as importações canadenses ? que "Canadá e os Estados Unidos têm a parceria econômica mais bem-sucedida do mundo."

Já o Panamá reagiu duramente à promessa de Trump de que os Estados Unidos "recuperariam" o Canal do Panamá, afirmando que a importante via interoceânica permaneceria sob o controle do país. "O canal é e continuará sendo do Panamá", disse o presidente José Raul Mulino, em uma declaração publicada nas redes sociais.

"Querido amigo"

O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, parabenizou seu "querido amigo" Donald Trump por sua posse e disse que espera que os dois países voltem a trabalhar juntos.

"Estou ansioso para trabalhar em estreita colaboração mais uma vez, para beneficiar nossos dois países e para moldar um futuro melhor para o mundo", escreveu Modi, do nacionalista Bharatiya Janata Party (BJP), na rede social X.

A União Europeia (UE) espera trabalhar com o novo presidente dos Estados Unidos, para enfrentar "desafios globais", afirmou a presidente da Comissão Europeia (braço executivo da UE), Ursula Von der Leyen. "Juntas, nossas sociedades podem alcançar uma maior prosperidade e fortalecer sua segurança comum. Esta é a força duradoura da associação transatlântica", afirmou na rede social X.

"Os EUA são nosso aliado mais próximo, e o objetivo da nossa política é sempre uma boa relação transatlântica", afirmou o chanceler alemão Olaf Scholz. Já a chefe do governo italiano, Giorgia Meloni, que esteve presente na cerimônia de posse em Washington, expressou seus "melhores votos" a Donald Trump, pelo início de seu novo mandato.

"Tenho certeza de que a amizade entre nossas nações e os valores que nos unem continuarão reforçando a parceria entre Itália e Estados Unidos, enfrentando juntos os desafios globais e construindo um futuro de prosperidade e segurança para nossos povos", escreveu a líder de extrema direita nas redes sociais, destacando o papel da Itália na "consolidação do diálogo entre Estados Unidos e Europa".

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, lembrou os "laços históricos de afeto do presidente Trump com o Reino Unido" e a "profunda amizade" e insistiu para que "juntos, defendermos o mundo contra a tirania e trabalharmos por nossa segurança e prosperidade mútuas".

Israel espera aliança reforçada

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu afirmou em mensagem de vídeo que "os dias mais belos" de aliança dos EUA com Israel estão por vir. "Acredito que trabalharmos juntos levará a aliança EUA-Israel a níveis ainda maiores", disse o premiê, que elogiou o que chamou de "momentos revolucionários" que marcaram o primeiro mandato de Trump.

"Ele se retirou do acordo perigoso sobre o programa nuclear iraniano, reconheceu Jerusalém como capital de Israel, transferiu a embaixada americana para Jerusalém e reconheceu a soberania de Israel sobre as Colinas de Golã", destacou Netanyahu.

"Ele negociou os acordos históricos de Abraham, por meio dos quais Israel alcançou a paz com quatro países árabes", continuou o premiê, expressando confiança em que sua aliança resultará na "derrota do eixo do terror iraniano".

Netanyahu agradeceu ao republicano por seus esforços para a libertação de reféns israelenses em poder do Hamas desde outubro de 2023. "Estou ansioso para trabalhar com vocês para que os últimos reféns retornem, para destruir a capacidade militar do Hamas e acabar com o seu poder político na Faixa de Gaza, e para garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça para Israel."

Já Sami Abu Zuhri, um dos chefes do Hamas, disse estar feliz com a saída de Biden, "pois ele tem o sangue dos palestinos em suas mãos". Ele afirmou ainda que espera que "Trump possa construir sua política em uma base equilibrada capaz de bloquer o caminho de Netanyahu".

(com AFP)

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