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'Canal continuará sendo do Panamá', diz presidente sobre falas de Trump

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino - Divulgação/Presidência do Panamá
O presidente do Panamá, José Raúl Mulino Imagem: Divulgação/Presidência do Panamá
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

20/01/2025 17h01Atualizada em 20/01/2025 19h10

José Raúl Mulino, presidente do Panamá, publicou um comunicado rechaçando as falas do discurso de posse de Donald Trump sobre o Canal do Panamá.

O recém-empossado presidente dos Estados Unidos defendeu a retomada do canal, uma das mais importantes passagens comerciais do mundo.

O que aconteceu

"O Canal é e seguirá sendo do Panamá", defende Mulino. No comunicado, o presidente panamenho afirma que a posse do canal não foi concedida ao governo panamenho, mas é "resultado de lutas geracionais" que culminaram na troca de autoridade. "Por 25 anos, de maneira ininterrupta, administramos e expandimos [o canal] com responsabilidade para servir ao mundo e seu comércio, incluindo o dos Estados Unidos", escreveu.

Presidente pede resolução de conflito por diálogo. Mulino escreveu que "o diálogo é sempre a via para esclarecer os pontos mencionados sem minar nosso direito, soberania total e propriedade do nosso Canal".

Exerceremos o direito que nos ampara, a base jurídica do tratado, a dignidade que nos distingue, e a força que nos dá o Direito Internacional como via idônea para manejar as relações entre países. José Raúl Mulino, presidente do Panamá

O que disse Trump

Donald Trump falou sobre retomada de Canal antes e durante posse. Em seu discurso hoje, o presidente americano disse que navios americanos são exageradamente taxados ao passar pelo canal do Panamá, embora o país tenha investido na construção do mesmo. "O propósito do nosso acordo e o espírito do nosso tratado foram totalmente violados", afirmou.

Trump acusou China de possuir controle sobre passagem comercial. Grandes empresas chinesas são responsáveis pela manutenção do canal e têm investido em outros projetos no Panamá, diz o The Wall Street Journal. A situação, no entanto, não é vista pelo Panamá ou mesmo por militares americanos como uma ameaça à segurança dos Estados Unidos. Trump pensa diferente. Em seu discurso hoje, disse que "não o demos à China. Nós o demos ao Panamá. E estamos tomando de volta".

Leia o comunicado do presidente do Panamá

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