Israel liberta 90 prisioneiros palestinos após receber três reféns do Hamas

Israel informou que libertou 90 prisioneiros palestinos como parte do acordo de cessar-fogo com o Hamas. A informação foi confirmada pelo serviço penitenciário israelense à mídia local.
O que aconteceu
Relatórios palestinos mostram que prisioneiros foram levados para Ramallah e para suas casas em Jerusalém Oriental. Forças de segurança de Israel e representantes da Cruz Vermelha verificaram a identidade de cada prisioneiro e realizaram exames médicos antes de os libertarem.
Identidades dos 90 prisioneiros ainda não foram divulgadas por Israel. As informações foram publicadas pelo jornal The Times of Israel. "Todos os terroristas foram libertados da prisão de Ofer e do centro de detenção de Jerusalém", informou o serviço penitenciário em um comunicado divulgado pouco antes de 1h30 do horário local (20h30 de domingo em Brasília).
Libertação de palestinos ocorreu sete horas depois de três mulheres israelenses mantidas reféns pelo Hamas terem sido soltas. A Arabiya TV mostrou imagens de vários ônibus com vidros escuros saindo da prisão israelense de Ofer, na Cisjordânia ocupada, na madrugada de segunda-feira (no horário local), que supostamente transportavam os prisioneiros.
Israel culpou a Cruz Vermelha pelo atraso na entrega dos palestinos. O site de notícias Ynet informou que as autoridades de segurança israelenses culparam a Cruz Vermelha pelo atraso de horas e acusam a equipe da organização de paralisar deliberadamente o processo com o suposto motivo de fazer parecer que Israel não está cumprindo o acordo.
Três reféns foram libertadas pelo Hamas
Três reféns foram libertadas pelo Hamas neste domingo (19). Troca faz parte do acordo por um cessar-fogo na faixa de Gaza. Romi Gonen, 24, Emily Damari, 28, e Doron Steinbrecher, 31, chegaram ao território de Israel e reencontraram familiares.
As reféns estavam presas desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023. Em troca da libertação delas, o governo israelense se comprometeu a soltar 90 palestinos que estão em uma penitenciária na Cisjordânia, território ocupado parcialmente por Israel. O grupo de prisioneiros é formado apenas por mulheres, crianças e adolescentes.
Romi Gonen estava no festival de música eletrônica que foi invadido pelo Hamas. No momento do ataque, ela conseguiu ligar para a mãe, Meirav, enquanto tentava fugir do local, segundo o jornal "The Jerusalem Post". Três amigas da jovem, que estavam com ela naquele dia, foram assassinadas.
Emily Damari foi sequestrada dentro de casa. Ela morava no kibutz (vilarejo agrário) Kfar Aza, no sul de Israel, e foi aprisionada pelo Hamas com outros 37 moradores. Emily, que tem dupla cidadania (israelense e britânica), foi criada em Israel, mas viajava ao Reino Unido com frequência.
Doron Steinbracher também foi sequestrada dentro de casa. Ela é enfermeira veterinária, também tem dupla cidadania (israelense e romena) e morava no kibutz Kfar Aza, o mesmo de Emily Damari. Doron apareceu ao lado de outros reféns em um vídeo publicado pelo Hamas em janeiro de 2024.