Sem lista de reféns do Hamas, Israel não acata cessar-fogo e ataca Gaza

O cessar-fogo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza, previsto para ocorrer às 8h30 deste domingo (3h30 no horário de Brasília), não ocorreu após o grupo terrorista não divulgar a lista com os nomes dos reféns israelenses que seriam libertados. Com esse impasse, Israel realizou bombardeios no centro e no norte de Gaza.
O que aconteceu
- O porta-voz das FDI (Forças de Defesa de Israel), Daniel Hagari, disse que o acordo para o cessar-fogo ainda não está valendo enquanto a lista não for divulgada. "As FDI continuam a atacar agora em Gaza, enquanto o Hamas não cumprir as suas obrigações com o acordo".
- Oito pessoas foram mortas após os ataques de Israel, informou o serviço de emergência palestino. Outras 25 pessoas ficaram feridas.
- O Hamas afirmou que ainda não divulgou uma lista com os nomes dos reféns por falhas "técnicas". A declaração havia sido dada antes do início do cessar-fogo.
- O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, já havia ameaçado cancelar o cessar-fogo. Netanyahu disse no sábado que não haveria trégua até Israel receber a lista dos reféns que seriam libertados pelo Hamas.
- Antes do novo impasse, militares israelenses chegaram a ser vistos se retirando da região de Rafah, no sul da Faixa de Gaza. Eles se dirigiram para o corredor Filadélfia, situado na fronteira entre Egito e Gaza, segundo a agência Reuters, com base em informações de uma mídia do Hamas.
- O cessar-fogo deveria ocorrer em três etapas. Na fase inicial, que duraria seis semanas, 33 dos 98 reféns que ainda estão em poder do Hamas seriam libertados em troca de quase 2.000 prisioneiros palestinos.
- Três reféns femininas deveriam ser as primeiras libertadas na tarde deste domingo (19). Em troca, 30 prisioneiros deveriam ser liberados para cada uma delas.
- O acordo previa a libertação de mais quatro reféns femininas após sete dias, segundo o negociador-chefe dos Estados Unidos, Brett McGurk. Depois disso, mais três reféns seriam liberados a cada semana.
* com Reuters