Israel se reserva 'o direito de retomar guerra' em Gaza com apoio dos EUA, diz Netanyahu
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou, neste sábado (18), que Israel se reserva "o direito de retomar a guerra" contra o Hamas em Gaza com o apoio dos Estados Unidos, e prometeu trazer de volta todos os reféns ainda em cativeiro no território palestino.
"Se for necessário, nos reservamos o direito de retomar a guerra com apoio americano", disse Netanyahu em um discurso televisionado, na véspera da entrada em vigor de um cessar-fogo entre o Hamas e Israel.
"Pensamos em todos os nossos reféns (...) Prometo que alcançaremos todos os nossos objetivos e traremos de volta todos os reféns", insistiu.
No ataque de 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra em Gaza, comandos do Hamas capturaram 251 pessoas no sul de Israel, das quais 94 permanecem em cativeiro em Gaza, incluindo 34 que o Exército declarou como mortas.
Desde o início do conflito, apenas uma trégua havia sido alcançada, com duração de uma semana, no final de novembro de 2023.
"Com este [novo] acordo, traremos de volta 33 de nossos irmãos e irmãs, a maioria vivos", afirmou Netanyahu.
A primeira fase do acordo de cessar-fogo começará no domingo e deverá durar 42 dias. Será uma "trégua temporária", destacou Netanyahu.
"Se formos obrigados a retomar a guerra, o faremos com força", advertiu.
Durante o discurso, o premiê israelense também enfatizou que Israel havia mudado "a face do Oriente Médio" desde o início do conflito em Gaza.
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