Hamas cita 'razões técnicas' ao falar sobre atraso na lista de reféns

O grupo terrorista Hamas afirmou que ainda não divulgou uma lista com os nomes dos reféns israelenses que serão liberados por "falhas técnicas".
O que aconteceu
Comunicação é feita de forma física. Segundo o jornal israelense Ynet, uma fonte explicou que a comunicação do grupo terrorista é feita de forma física, por meio de emissários, o que leva tempo. As informações foram publicadas pelo The Times of Israel.
Lista depende de aprovação do chefe do Hamas. "A lista só será divulgada após a aprovação do líder do Hamas, Muhammad Sinwar", acrescentou a fonte ao jornal de Israel.
Cessar-fogo tem início amanhã. O acordo entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza está previsto para começar às 8h30 do domingo (19) no horário local, 3h30 em Brasília.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ameaçou cancelar o cessar-fogo. Netanyahu disse neste sábado que não haverá cessar-fogo até Israel receber lista de reféns a serem libertados pelo Hamas.
O primeiro-ministro exigiu receber "a lista" de reféns que serão soltos no domingo. Segundo ele, só assim será possível prosseguir com a primeira troca de prisioneiros prevista no acordo de trégua com o Hamas. "Não prosseguiremos com a implementação do acordo até que tenhamos recebido, conforme acordado, a lista de reféns que serão libertados", disse Netanyahu.
Netanyahu também disse que Israel mantém "o direito de retomar a guerra". O premiê declarou que terá o apoio dos Estados Unidos nos termos do acordo de trégua.
"Não toleraremos qualquer violação dos termos do acordo", acrescentou a declaração de Netanyahu. Segundo informações fornecidas pelas duas partes, a primeira troca de prisioneiros não deverá ocorrer antes das 15h30 no horário da França (11h30 em Brasília) de domingo, seis horas após a entrada em vigor da trégua.
A expectativa é que três reféns sejam liberados amanhã. A estimativa é de que 98 pessoas, sendo 94 delas capturadas no 7 de outubro, ainda estejam em Gaza, 36 delas tiveram suas mortes confirmadas pelo Exército israelense.
Acordo pretende pôr fim a mais de 15 meses de uma guerra devastadora que deixou dezenas de milhares de mortos no território palestino. Numa primeira fase, que se estenderá por seis semanas, as hostilidades devem cessar e 33 reféns israelenses mantidos em cativeiro na Faixa de Gaza devem ser libertados em troca de 737 prisioneiros palestinos.
(Com AFP)