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Bolsonaro vai a aeroporto e se diz constrangido por não ir à posse de Trump

do UOL

Do UOL, em São Paulo

18/01/2025 09h39Atualizada em 18/01/2025 10h23

Jair Bolsonaro (PL) acompanhou a mulher, Michelle, ao aeroporto de Brasília neste sábado (18), e se disse constrangido por não poder ir à posse de Donald Trump nos Estados Unidos. O passaporte do ex-presidente foi retido em investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022, e o STF (Supremo Tribunal Federal) rejeitou os pedidos para devolvê-lo.

O que aconteceu

Michelle Bolsonaro embarca neste sábado (18) para Washington, onde representará o marido na posse de Donald Trump nos EUA, na segunda-feira (20). O ex-presidente foi ao aeroporto de Brasília com ela e falou a jornalistas.

Jair Bolsonaro disse que está "chateado e abalado" por não poder comparecer ao evento. Ele ainda teceu críticas a Alexandre de Moraes, relator do inquérito do golpe, que rejeitou seus pedidos para reaver o passaporte. "Eu enfrento enorme perseguição política", afirmou. "Não pode uma pessoa no STF ser o dono da verdade e decidir o que faz com a vida de quem quer que seja."

Estou constrangido. Queria estar com a minha esposa, meu filho Eduardo vai acompanhá-la, mas queria estar lá. Pré-acertei encontros com chefes de Estado e não vou poder comparecer.
Jair Bolsonaro

Bolsonaro pediu duas vezes liberação do passaporte ao Supremo. Nas negativas, o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito, escreveu que as condições que fizeram com que o passaporte do ex-presidente fosse apreendido se mantêm, e que não há interesse público na viagem do ex-presidente.

A PF apreendeu o passaporte de Bolsonaro há quase um ano, em fevereiro de 2024. Segundo a decisão que embasou a operação, havia risco de que o ex-presidente fugisse do país em meio às investigações sobre a tentativa de golpe de Estado em 2022.

Posse de Trump acontece na próxima segunda-feira (20). O presidente Lula (PT) não comparecerá ao evento, que deve contar com a participação apenas de diplomatas —há exceções, porém, para líderes por quem Trump tem simpatia, como Javier Milei, da Argentina. Uma comitiva de 16 parlamentares brasileiros também viajou para acompanhar o evento, incluindo o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o senador Eduardo Girão (Novo-CE).

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