Tempestade tropical Dikeledi deixa 3 mortos em Madagascar e inundações em Mayotte
A tempestade tropical Dikeledi deixou três mortos em Madagascar, informaram as autoridades neste domingo (12), e causou chuvas torrenciais e inundações no arquipélago francês de Mayotte, menos de um mês após a passagem do ciclone Chido.
A tempestade se dirige agora para Moçambique, que também sofreu os estragos de Chido em dezembro, com pelo menos 120 mortos e cerca de 900 feridos.
Dikeledi atingiu a costa norte de Madagascar como um ciclone na noite de sábado, antes de perder força e se tornar uma forte tempestade tropical.
Três pessoas morreram devido às chuvas torrenciais que atingiram o norte da ilha, informou o Escritório Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (BNGRC) no domingo. Mais de 900 pessoas foram afetadas.
O arquipélago francês de Mayotte "foi atingido por uma intensa tempestade tropical [...] O impacto foi violento", declarou, na noite deste domingo, o ministro de Ultramar francês, Manuel Valls.
Não há relatos de vítimas, segundo o prefeito de Mayotte, François-Xavier Bieuville, que decidiu "manter o alerta vermelho" até a noite de segunda-feira.
As autoridades pediram aos 320 mil habitantes do arquipélago que busquem abrigo em edifícios sólidos ou em centros de emergência.
"Continuam os ventos e chuvas extremamente fortes", afirmou Bieuville na televisão local, temendo "inundações importantes".
A agência meteorológica Météo-France espera que as chuvas e os ventos amenizem pela noite.
Mas o ciclone continuará ganhando força, "ameaçando potencialmente" a costa de Moçambique "a partir de quarta ou quinta-feira".
Em seu ponto mais próximo, Dikeledi passou cerca de 100 quilômetros ao sul de Mayotte, no início da manhã deste domingo.
Quatro localidades ficaram "totalmente inundadas", segundo os bombeiros.
Cerca de 645 membros da defesa civil foram posicionados em locais estratégicos no arquipélago para intervir após o término do alerta de ciclone, disseram as autoridades.
"Não estamos deixando nada ao acaso" para garantir a segurança da população, disse, no sábado, o ministro Manuel Valls à AFP.
Dikeledi ocorre menos de um mês depois de o ciclone Chido causar danos colossais em meados de dezembro em Mayotte, matando pelo menos 39 pessoas e ferindo mais de 5.600.
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