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Tempestade tropical deixa mortos em Madagascar; França prolonga alerta vermelho em Mayotte

12/01/2025 14h39

A tempestade tropical Dikeledi deixou três pessoas mortas em Madagascar, segundo as autoridades neste domingo (12), e causou chuvas torrenciais e inundações no arquipélago francês de Mayotte, menos de um mês após a passagem do ciclone Chido. Em uma sequência semelhante à registrada em dezembro, Dikeledi segue agora em direção a Moçambique, país que também foi duramente atingido pelo Chido, com pelo menos 120 mortos e quase 900 feridos.

O fenômeno meteorológico Dikeledi atingiu a costa norte de Madagascar como um ciclone na noite de sábado, antes de se enfraquecer e se tornar uma forte tempestade tropical. Três pessoas morreram devido às chuvas torrenciais que atingiram o norte da ilha, informou o Escritório Nacional de Gestão de Riscos e Desastres (BNGRC) no domingo. Mais de 900 pessoas foram afetadas.

Às 15h36, horário local, a tempestade tropical estava 160 quilômetros ao sul de Mayotte, informou a agência meteorológica Météo-France. Em seu ponto mais próximo, o Dikeledi passou cerca de 100 quilômetros ao sul desse território no início da manhã deste domingo. "Ele agora está se afastando da ilha", disse a Météo-France.

O departamento francês, localizado no Oceano Índico, declarou alerta vermelho na noite de sábado em antecipação à tempestade. As autoridades pediram a seus 321.000 habitantes que se abrigassem em edifícios robustos ou centros de emergência.

Cerca de 645 membros das forças de segurança civil foram posicionados em locais estratégicos no arquipélago para intervir o mais rápido possível após o término do alerta de ciclone para "prestar assistência, avaliar os danos e ajudar a população", disseram as autoridades. Mas devido ao risco persistente de inundações, o prazo do alerta foi ampliado até a noite de segunda-feira.

"Não estamos deixando nada ao acaso" para garantir a segurança da população, disse à AFP o ministro francês de Territórios Ultramarinos, Manuel Valls, no sábado.

Devastação

O Dikeledi ocorre menos de um mês depois que o ciclone Chido causou danos colossais em meados de dezembro em Mayotte, matando pelo menos 39 pessoas e ferindo mais de 5.600 moradores. Durante vários dias, habitantes de várias localidades devastadas pelo ciclone ficaram isolados, sem eletricidade, água potável, comida e produtos básicos. 

Em Mayotte, mais de três quartos dos 321.000 habitantes vivem abaixo da linha da pobreza. Segundo o Ministério do Interior francês, mais de 100.000 migrantes sem documentos moram no arquipélago, em sua maioria em favelas que foram destruídas pelo Chido. 

O presidente Emmanuel Macron fez uma visita de dois dias ao arquipélago e prometeu uma reconstrução rápida do território, mas especialistas consideram que serão necessários vários anos para as duas ilhas e a população local superarem as consequências do furacão. 

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