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Justiça determina prisão temporária para suspeito de chefiar ataque ao MST

do UOL

Do UOL, em São Paulo

12/01/2025 16h09Atualizada em 12/01/2025 17h36

A Justiça determinou neste domingo (12) a prisão temporária do suspeito de ter chefiado o ataque ao assentamento do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), em Tremembé, na região do Vale do Paraíba em São Paulo.

O que aconteceu

Antônio Martins dos Santos Filho, conhecido como "Nero do Piseiro", ficará preso por 30 dias, segundo a decisão. O prazo pode ser prorrogado. Inicialmente, a Polícia Civil pediu à Justiça a prisão preventiva do suspeito.

Nero confessou participação no crime, mas nega envolvimento nas mortes. Ele foi preso ontem após ser identificado por testemunhas como um dos responsáveis pelo ataque.

Duas pessoas foram mortas e seis ficaram feridas após o ataque ao assentamento no sábado (11). Uma das vítimas, Valdir do Nascimento, Valdirzão, era referência no movimento e foi morto com vários tiros na cabeça.

Também morreu no local Gleison Barbosa de Carvalho, 28. Irmão de Gleison, Denis Carvalho, 29, está internado em coma induzido. As pessoas feridas têm entre 18 e 49 anos. Elas foram levadas ao Hospital regional do Vale do Paraíba — Sociedade Beneficente São Camilo, de Taubaté, e ao pronto-socorro.

Um segundo suspeito está foragido, segundo a polícia. Italo Rodrigues da Silva foi apontado por Nero como um homens que participou do ataque.

Como é o assentamento

Assentamento é regularizado pelo Incra. MST tem autorização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária há 20 anos.

Cerca de 45 famílias vivem na área. O coordenador nacional do MST disse que cerca de 20 pessoas estavam no local para garantir que a área não fosse invadida durante o processo de regularização de um lote que seria ocupado por uma família.

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