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Mãe, filho e cunhado vão a júri popular por matar idosos a tiros em MT

Inês Gemilaki e o filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz. Além deles, o cunhado de Inês é réu pelo crime - Divulgação/PCMT
Inês Gemilaki e o filho dela, o médico Bruno Gemilaki Dal Poz. Além deles, o cunhado de Inês é réu pelo crime Imagem: Divulgação/PCMT
do UOL

Do UOL, em São Paulo

10/01/2025 23h31

Uma mãe, o filho e o cunhado dela, réus por invadir uma casa e matar duas pessoas a tiros no bairro Alvorada, em Peixoto de Azevedo (MT), irão a júri popular. A decisão é do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. O crime ocorreu em abril de 2024.

O que aconteceu

Justiça apontou indícios de autoria do trio e citou as imagens do crime. O juiz João Zibordi Lara afirmou que os réus entraram pelos fundos da residência de Enerci, uma das vítimas e alvo do ataque, e atiraram contra quatro pessoas que estavam no local para um evento.

Inês Gemilaki, o filho dela, o médico Bruno Gemilak Dal Poz, e o cunhado de Inês, Eder Gonçalves, vão a juri popular. Eles são acusados de homicídio duplamente qualificado de Pilson Pereira da Cruz, 80, e Rui Luiz Bogo, 68, e por tentativa de homicídio duplamente qualificado de Enerci e outra pessoa que estava na residência.

As qualificadoras adicionadas na acusação foram uso de recurso que dificultou a defesa das vítimas e motivo fútil. Conforme os autos, o motivo do crime seria uma ação judicial que Enerci abriu contra Inês por uma dívida de aluguel e danos à propriedade.

À Justiça, Inês disse que não estava plenamente em suas capacidades mentais quando alvejou às vítimas. Ela afirmou que pensava que Rui era Enerci, o verdadeiro alvo dela. Sobre a morte de Pilson, a mulher falou em interrogatório que não queria matá-lo, mas fez diversos disparos quando entrou na residência e um deles atingiu o idoso.

A defesa da mulher também apontou que ela era ameaçada por cobradores armados contratados por Enerci mesmo após a decisão judicial ser favorável a ela. Na época, Enerci negou ao Domingo Espetacular (Record TV) as ameaças à Inês. Já a defesa de Eder negou a participação do cliente nos crimes e alegou ausência de provas suficientes para justificar que ele seja levado a júri popular.

Nos autos, a defesa de Bruno rebateu a qualificadora de motivo fútil e disse que o crime "decorreu de um contexto de animosidade e ameaças feitas por cobradores armados" contra a família. A defesa também pediu a retirada do crime de tentativa de homicídio contra Enerci porque a arma utilizada estava desmuniciada em determinado momento da ação, além de questionar o valor de R$ 2 milhões proposto pelo Ministério Público como reparação mínima pelo crime.

A data do júri popular ainda não foi marcada.

A reportagem não encontrou os contatos das defesas dos réus para pedido de posicionamento. O espaço segue aberto para manifestação.

Relembre o caso

Inês Gemilaki e Bruno Gemilaki Dal Poz mataram dois idosos após chegarem atirando na residência. Os atingidos pelos tiros faziam parte de um grupo de oito pessoas que estavam no local para um almoço.

Mãe e filho atiravam "de forma indiscriminada". Eles não deram nenhuma chance de defesa ou fuga para as vítimas, ainda de acordo com a polícia. Nas imagens, é possível ver quando a mulher entra na casa e atira em um idoso que está escondido atrás do sofá.

Eder confessou o crime quando foi detido, disse polícia na época. O homem teria afirmado que entrou na residência com Inês quando ela cometeu os assassinatos.

Suspeitos registraram BO contra proprietário da casa horas antes do crime. O alvo dos atiradores não foi atingido pelos disparos, segundo a delegada Anna Paula Marien.

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