Exame de DNA confirma que bebês foram trocados após o parto em Goiás
Um exame de DNA cruzado confirmou que dois bebês foram trocados dentro do Hospital da Mulher de Inhumas, em Goiás.
O que aconteceu
Resultado foi recebido pelas famílias nesta sexta-feira (13). A informação foi confirmada pelo advogado Kuniyoshi Watanabe, em nota enviada ao UOL.
Guilherme de Souza e Isamara Mendanha têm parentesco com a criança que Yasmin Silva e Cláudio Alves levaram para casa em outubro de 2021. Yasmin e Claudio, por sua vez, têm parentesco direto com o menino levado por Guilherme e Isamara para casa. As duas crianças nasceram no mesmo dia em um hospital particular do município.
O UOL buscou o Hospital da Mulher de Inhumas para saber se a instituição quer se pronunciar. Em um primeiro contato antes da divulgação do resultado de DNA, a assessoria jurídica da instituição informou que não falaria sobre o assunto por ser um caso que envolve crianças.
Famílias planejam criar as crianças como irmãs. Guilherme e Isamara pensam em se mudar para perto da casa de Yasmin para que os dois pudessem ter maior convivência, afirmou o casal ao programa Encontro, da TV Globo.
Guilherme Luiz de Souza, ao programa Encontro
Entenda o caso
Os filhos dos dois casais nasceram em 15 de outubro de 2021 no Hospital da Mulher de Inhumas. As famílias chegaram a se conhecer na maternidade, mas a descoberta sobre a troca só aconteceu em outubro de 2024, quando as crianças já tinham completado três anos.
Teste de DNA em uma das crianças foi o que iniciou a desconfiança. Yasmin da Silva contou a jornalistas do lado de fora da delegacia que o ex-marido pediu o exame após a separação. Mãe, pai e bebê fizeram o exame e o resultado mostrou que nenhum dos três tinha laços sanguíneos.
Após o resultado, o casal procurou a família que conheceu na maternidade, que também fez o teste com o próprio filho. O exame do segundo casal também deu negativo.
O hospital e a polícia foram acionados. O caso é investigado, mas as famílias alegaram que a instituição de saúde não deu respostas concretas sobre o assunto.
Hospital não vai se pronunciar até conclusão das investigações. Em nota enviada ao UOL, a assessoria jurídica da instituição informou que o caso tramita em sigilo por envolver menores de idade.
Envolvidos na investigação foram escutados, confirma a polícia. Ao UOL, a Polícia Civil de Goiás informou que o caso é investigado pela Delegacia de Inhumas e que diligências estão em andamento para esclarecer a dinâmica e a autoria dos fatos.