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Ucrânia emite alerta para ataques aéreos da Rússia, que desmente conversa entre Putin e Trump

11/11/2024 08h28

A Ucrânia emitiu um alerta de ataques aéreos para grande parte de seu território nesta segunda-feira (11), após a decolagem de bombardeiros russos visando o país e a série de ataques com drones deste domingo.

Segundo a nota divulgada pelas autoridades ucranianas, oito Tupolev-95, acompanhados de aviões russos MiG-31K, seguiam em direção à Ucrânia.

Os Tu-95 são bombardeiros que podem transportar mísseis de cruzeiro, de longo alcance. O MiG-31 é um avião interceptor e de ataque que geralmente "escolta" os Tupolevs.

De acordo com as autoridades ucranianas, pelo menos seis pessoas morreram em bombardeios russos durante a madrugada, que atingiram as cidades de Mykolaiv e Zaporíjia, no sul do país.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou que derrubou 34 drones ucranianos que seguiam para a região de Moscou neste domingo. Este é o maior ataque contra a capital russa desde o início do conflito, em fevereiro de 2022. Outros 36 drones foram derrubados em duas regiões vizinhas a Moscou e em outras três próximas da fronteira com a Ucrânia.

O ataque, que forçou o fechamento temporário de três aeroportos em Moscou, feriu uma mulher de 52 anos e provocou o incêndio de duas residências na localidade de Ramenskoye, na região da capital russa, segundo as autoridades.

Ataque recorde no domingo

Na madrugada deste domingo, a Ucrânia foi alvo de um novo ataque "recorde" de 145 drones russos, segundo o presidente ucraniano, Volodymir Zelensky, que publicou uma mensagem na rede X. A Força Aérea ucraniana informou em um comunicado que 62 dos 145 drones foram neutralizados sobre 13 regiões do país. 

A Ucrânia afirma que seus ataques, que geralmente têm como alvos instalações do setor de energia, são uma resposta aos intensos bombardeios russos contra seu território desde o início da ofensiva russa.

Rússia desmente conversa com Trump

No domingo (10), o jornal americano The Washington Post informou que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o presidente russo, Vladimir Putin, sobre o objetivo de paz no continente europeu. Mas o Kremlin desmentiu a informação nesta segunda-feira.

"Não corresponde à realidade, é pura invenção, é simplesmente uma informação falsa", declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov. "No momento, não há planos concretos sobre uma conversa entre Trump e Putin", acrescentou o porta-voz.

O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, falou com Trump na quarta-feira. A conversa também teve a participação do bilionário Elon Musk.

Conquista de Vovthchenka

No front, a Rússia reivindicou no domingo a conquista da localidade de Vovtchenka, na região de Donetsk, leste da Ucrânia.

O vilarejo está localizado a cinco quilômetros de Kurakhov, uma cidade industrial que tinha quase 18.000 habitantes antes do conflito e abriga um grande depósito de lítio.

Putin assinou um acordo de defesa mútua com a Coreia do Norte, cujos soldados estão, de acordo com Kiev e Washington, prontos para se juntar aos russos que combatem as forças ucranianas. O acordo foi concluído durante uma visita de Putin a Pyongyang, em junho, e prevê uma "assistência militar imediata" recíproca no caso de um ataque a um dos países. O acordo formaliza meses de cooperação de segurança entre os dois países, aliados comunistas durante a Guerra Fria.

Com base em informações de inteligência, a Coreia do Sul, as autoridades ucranianas e países ocidentais afirmam que a Coreia do Norte enviou cerca de 10.000 soldados para a Rússia para lutar na Ucrânia.

Com informações da AFP

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