Mercado eleva previsão de inflação em 2024 pela 6ª vez seguida, para 4,62%
Após a inflação de outubro superar as expectativas, os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) elevaram, pela sexta vez consecutiva, suas projeções de alta para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de 2024. Diante do cenário, as expectativas divulgadas nesta segunda-feira (11) sinalizam que a inflação vai estourar o teto da meta neste ano.
Como deve ser a inflação
As expectativas apontam que a inflação oficial fechará o ano em 4,62%. A variação corresponde à sexta alta consecutiva das previsões para o IPCA. Na semana passada, a aposta era de alta do índice em 4,59%. Há quatro semanas, a alta prevista era de 4,39%.
Projeção indica que inflação vai ultrapassar o limite da meta. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que o IPCA deve terminar este ano em 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%.
Para este mês de novembro, a previsão é que o IPCA apresente alta de 0,19% Se confirmado, o resultado vai representar uma perda de força ante a alta de 0,56% apurada no mês de outubro. Para dezembro, as projeções apontam para um salto de 0,54% da inflação.
Previsão é acompanhada pelas expectativas sobre a cotação do dólar. Os analistas observam a moeda norte-americana em R$ 5,55 ao final deste ano, valor R$ 0,05 acima da previsão da semana passada. Já a estimativa para os preços administrados, que incluí combustíveis, planos de saúde e energia elétrica, caiu de 5,06% para 5,01%.
Mercado também eleva as projeções de inflação para os próximos anos. Nas previsões apresentadas nesta segunda-feira (11), os analistas estimam altas maiores do IPCA em 2025, de 4,02% para 4,1%, e em 2026, de 3,61% para 3,65%. Já para 2027, a aposta segue inalterada em 3,5%.
Expectativas para os juros e o crescimento econômico seguem estáveis. Conforme a divulgação, o mercado financeiro prevê mais uma elevação de 0,5% ponto percentual da taxa Selic em dezembro, dos atuais 11,25% ao ano para 10,75% ao ano. Já a aposta de evolução do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano permanece em 3,1%.