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Mulher morta por recusar beijo de colega foi estrangulada com arame

Marcelo Junior confessou que matou Cintia Ribeiro, segundo a PCGO - Divulgação/PCGO
Marcelo Junior confessou que matou Cintia Ribeiro, segundo a PCGO Imagem: Divulgação/PCGO
do UOL

Colaboração para o UOL, em São Paulo

10/11/2024 18h59

A mulher morta após se recusar a beijar o colega de trabalho foi estrangulada com pedaço de fio elétrico, arame e fita adesiva. As informações constam na conclusão do inquérito elaborado pela Polícia Civil de Goiás.

O que aconteceu

Cintia Ribeiro Barbosa, 38, foi assassinada por Marcelo Junior Bastos Santos, 28, no bairro Cidade Jardim, na segunda-feira (4). Segundo a PCGO, o suspeito, que está preso, confessou o assassinato e confirmou que a recusa do beijo teria sido o estopim para o crime.

Vítima morreu em decorrência de asfixia mecânica e estrangulamento. Após ser assassinada, a mulher teve seu corpo abandonado em uma casa vizinha ao seu local de trabalho — o imóvel estava desocupado.

Cintia e Marcelo trabalhavam juntos nos cuidados de um casal de idosos. Conforme a investigação, a vítima chegou para o serviço na manhã da segunda-feira (4), quando foi surpreendida pelo suspeito, que confessou ter tentado beijá-la à força, mas ela recusou. Após a rejeição, o homem matou a colega, diz a polícia.

Um dos objetos usados por Marcelo para matar Cintia foi o fio que era usado para prender as fraldas dos idosos que eles cuidavam. Após o crime, ele relatou que jogou o corpo da colega por cima do muro da residência vizinha ao local em que eles trabalhavam. Em seguida, ele pulou o muro e arrastou o corpo para um local em que não fosse visível.

Cintia faria aniversário de 39 anos no sábado (9). Ela deixou quatro filhos e era recém-casada. A cerimônia ocorreu em 26 de outubro deste ano.

Marcelo Junior possui antecedentes criminais por tráfico, violência doméstica e furto. Ele foi indiciado pelo crime de feminicídio. Caso agora será encaminhado ao Ministério Público de Goiás, que decidirá se apresentará denúncia ao Tribunal de Justiça do estado. O suspeito é representado pela Defensoria Pública de Goiás, que preferiu não comentar o caso.

Em caso de violência, denuncie

Ao presenciar um episódio de agressão contra mulheres, ligue para 190 e denuncie.

Casos de violência doméstica são, na maior parte das vezes, cometidos por parceiros ou ex-companheiros das mulheres, mas a Lei Maria da Penha também pode ser aplicada em agressões cometidas por familiares.

Também é possível realizar denúncias pelo número 180 — Central de Atendimento à Mulher — e do Disque 100, que apura violações aos direitos humanos.

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