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Por que Fátima de Tubarão foi condenada pelo STF? Entenda

Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como "Dona Fátima de Tubarão", presa pela PF em SC após atos golpistas - Reprodução
Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, conhecida como 'Dona Fátima de Tubarão', presa pela PF em SC após atos golpistas Imagem: Reprodução

São Paulo

05/11/2024 16h26Atualizada em 05/11/2024 20h27

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (4) que comece o cumprimento da pena da bolsonarista Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, a Fátima de Tubarão, condenada a 17 anos de reclusão pela participação nos atos golpistas de 8 de Janeiro.

Não cabem mais recursos contra a decisão. Moraes determinou a realização de exames médicos para o início do cumprimento da pena. Fátima já está em prisão preventiva desde janeiro de 2023.

A idosa foi condenada em agosto deste ano pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa armada, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado.

Fátima, que tinha 67 anos no dia da invasão aos prédios públicos, é natural de Tubarão (SC) e ganhou destaque nas redes sociais por vídeo gravado durante a invasão às sedes dos Três Poderes. Na gravação, Fátima diz estar "quebrando tudo" e ameaça Moraes. "Vamos para guerra. Vou pegar o 'Xandão' agora", disse.

Em outro trecho do vídeo, ela afirma que defecou em um dos banheiros do prédio da Suprema Corte. Em juízo, a idosa confirmou o ato, mas alegou não saber de quem era a sala invadida.

Quanto aos gritos para "pegar o Xandão" e "ir à guerra", a idosa afirmou em seu interrogatório que apenas repetiu o que a multidão gritava em meio à confusão. Segundo Fátima, ela agiu por medo da situação e não houve intuito de incitar a violência.

Desde março do ano passado, sob a alegação de problemas de saúde, a defesa dela tenta migrar a prisão preventiva para o regime domiciliar, mas o pedido foi rejeitado em cinco ocasiões.

Em agosto de 2023, a Procuradoria-Geral da República (PGR) imputou cinco crimes a Fátima, entre os quais a tentativa de abolição do Estado democrático de direito. A denúncia da PGR foi aceita pelo STF e Fátima se tornou ré. Um ano depois da denúncia, em agosto deste ano, o Supremo condenou a catarinense.

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